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Tipo exportação
Samba Tech expande operação no exterior e planeja abrir capital na Nasdaq em cinco anos
, Tipo exportação, Capital AbertoGustavo Caetano, da Samba Tech (esq.), e André Emrich, da FIR Capital: empresa começou a expandir sua base de negócios para o México, a Colômbia e a Argentina

Em 2008, o fundador da então Samba Mobile, Gustavo Caetano, subia ao palco para uma premiação da Finep. Sua empresa, que criava e distribuía jogos para celulares, contava, naquele momento, com uma base de 70 mil games, enquanto os rivais não tinham mais de 100. A Samba Mobile faturava R$ 900 mil, mas era hora de imprimir passos mais ousados. Ao receber o prêmio, Caetano não perdeu a oportunidade: disse que tinha uma ideia de negócio de vídeos pela internet e que estava em busca de um parceiro para colocar o plano em prática. Recado dado, encontro fechado. Gestores da FIR Capital, presentes ao evento, marcaram uma reunião e logo selaram um acordo de investimento.

Foi quando a Samba Mobile virou Samba Tech. No lugar de jogos para celular, a empresa encarou o desafio de se tornar líder na oferta de vídeos pela internet na América Latina. Daqui a cinco anos, planeja lançar ações na bolsa americana eletrônica Nasdaq. A atividade da Samba Tech cobre todo o processo de transmissão até o armazenamento, passando por relatórios de acompanhamento que ajudam a medir e qualificar a audiência, segmentando de forma precisa o tipo de público. Hoje, com uma plataforma digital exclusiva, a Samba Tech entrega milhões de vídeos por mês, que rodam nas mais diversas bases, de celulares a canais corporativos de tevê.

O tino para negócios de Caetano chamou a atenção da FIR Capital. Seus atributos estavam alinhados ao modelo de atuação da gestora, que põe em primeiro lugar o empreendedor e, depois, o mercado no qual a empresa está inserida. “Nós construímos a companhia juntos”, diz André Emrich, administrador da FIR Capital. O Fundotech II, criado pela gestora em 2007, detém 40% de participação na Samba Tech e já fez três rodadas de investimento na empresa, totalizando R$ 5 milhões. Ao abandonar os jogos para celular e se dedicar aos vídeos, a Samba Tech saiu de um faturamento de R$ 900 mil, em 2008,
para R$ 20 milhões, em 2012. A expectativa é que, neste ano, a receita dobre para R$ 40 milhões.

A Samba Tech presta serviços para oito emissoras de televisão, seus clientes mais importantes, além de atender corporações como Magazine Luiza e Samsung, permitindo que as companhias guardem e compartilhem vídeos com milhares de usuários. “Fazemos o que o YouTube faz, mas para empresas”, compara Caetano. “Temos um produto de ponta com tecnologia desenvolvida por nós mesmos.” A Samba Tech, que nasceu em Belo Horizonte com cinco funcionários, hoje tem uma equipe de cerca de 60 pessoas. Há dois anos, começou a expandir sua base de negócios para a América Latina. Ingressou nos mercados de México, Colômbia e Argentina, que representam 10% de sua receita.

A internacionalização também foi acompanhada por mudanças no conselho de administração, que é composto de três representantes: um da FIR Capital, outro da Samba Tech e mais um indepen-dente. As reuniões passaram a contar com executivos estrangeiros — um conselho consultivo que reúne três profissionais responsáveis por assessorar empresas como Google e PayPal. A liderança na América Latina e o conselho com representantes independentes estão dentro da estratégia de abrir o capital da empresa na Nasdaq. “Em cinco anos, o plano é termos US$ 100 milhões em receita e fazermos essa abertura lá fora, porque o mercado brasileiro só tem espaço para ofertas bilionárias”, afirma Caetano, que já fez apresentações para investidores nos Estados Unidos e foi convidado pela Nasdaq a falar um pouco da empresa. “A expansão no exterior é importante porque o investidor estará aplicando em uma multinacional brasileira.”

A Samba Tech fez recentemente duas cisões, que resultaram na criação da Adstream Samba, em fevereiro de 2012, e, seis meses depois, da Samba Ads. O objetivo é que as parcerias ajudem a impulsionar as atividades do segmento de propaganda e market-ing online, que só no país movimenta R$ 2 bilhões por ano. “Com essa nova estrutura, a Samba Tech está apta a aquisições”, conclui Emrich. “Separados, os negócios vão crescer muito mais.”

A Adstream Samba é uma joint venture entre a Samba Tech e a australiana Adstream, especializada em serviços de tecnologia de publicidade online. Cada uma tem 50% de participação na empresa. Como no Brasil ainda é comum as emissoras de televisão receberem, por motoboy, fitas de vídeo com as propagandas feitas pelas agências de publicidade, Caetano resolveu apostar na transferência desse processo para o mundo digital. Assim, por meio da plataforma on-line, as agências poderão enviar os vídeos pela internet diretamente para as emissoras.

A Samba Ads tem 80% de participação na Samba Tech, e os outros 20% estão divididos entre dois fundos de private equity americanos, dois israelenses e um brasileiro — eles aportaram, no total, R$ 1 milhão na operação. A Samba Ads faz a mediação entre o mercado publicitário e as companhias de mídia que produzem conteúdo em vídeo online. Sua principal atividade é analisar os horários em que a publicidade pode ter mais efeito e quem a acessa. “Esses
spin-offs nos consolidam em uma posição muito forte na América Latina e nos colocam rumo à abertura de capital”, explica Caetano.


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