SEC põe fim ao sigilo nos IPOs de estrangeiras

O processo de registro de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) de companhias estrangeiras nos Estados Unidos está mais transparente. A Securities and Exchange Commission (SEC) acabou com a prática de analisar e pedir alterações no prospecto desses emissores confidencialmente, mantendo o documento longe do escrutínio dos investidores até que esteja totalmente correto. As empresas norte–americanas, ao contrário, expõem todas as mudanças exigidas nos prospectos. O Groupon, por exemplo, teve de fazer sete alterações no prospecto de seu IPO, devido ao uso de métricas polêmicas que favoreciam os resultados da empresa — e todas elas puderam ser acompanhadas pela página do regulador na internet.

Segundo o xerife do mercado norte–americano, a nova regra aumenta a proteção dos investidores ao requerer mais transparência das empresas estrangeiras. Além disso, dá mais tempo para que os investidores leiam os prospectos das ofertas — que costumam ter entre 200 e 300 páginas — e decidam se querem investir nas ações. Não era raro os prospectos de emissores estrangeiros ficarem públicos por apenas duas semanas no site da SEC antes de começarem os roadshows. O movimento também ganha força após empresas chinesas que fizeram IPO nos Estados Unidos terem sido acusadas de fraudar sua contabilidade. “As grandes companhias chinesas não vão ter problemas com a mudança. As empresas duvidosas é que serão afetadas, e isso é bom”, avaliou o advogado Horácio Nash, do escritório Fenwick & West, ao The Wall Street Journal.

A regra terá algumas exceções. Emissores que já tenham ações listadas em outra bolsa de valores ou estejam fazendo uma oferta inicial, simultaneamente, dentro do país de origem e nos Estados Unidos poderão continuar a ter seus documentos analisados em sigilo. “Em um ranking das quatro principais razões pelas quais as companhias estrangeiras fazem IPO nos Estados Unidos, a confidencialidade dos documentos de registro aparece no fim”, contou, ao mesmo jornal, Frank Maturo, diretor do Bank of America Merrill Lynch.


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