Os acionistas minoritários da Providência, líder na fabricação de não tecidos no Brasil, estão bastante zangados com a PGI, que adquiriu o controle da companhia em janeiro. Dona de 71,2% do capital, a empresa de origem americana vem tentando convencê-los a acatar um fechamento de capital que eles consideram desfavorável. Um dos motivos é a sinalização da Providência de que deixará o Novo Mercado mesmo sem conseguir a adesão dos minoritários ao leilão de retirada das ações da bolsa.
A oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechamento de capital depende do aval de dois terços dos donos de ações em circulação. Já a OPA exigida pela BM&FBovespa para saída do Novo Mercado está condicionada à aprovação da maioria dos acionistas em assembleia. Como o controlador pode aprovar a oferta de aquisição exigida para deixar o Novo Mercado, o sucesso dessa parte da operação é garantido. Os minoritários alegam que a saída do nível diferenciado de governança os induz a aceitar a oferta para de fechamento de capital.
As duas transações serão unificadas. E a elas se somará ainda uma terceira OPA — esta decorrente do artigo 254-A da Lei das S.As. O dispositivo garante aos investidores o direito de receber ao menos 80% do valor pago pela PGI ao antigo controlador, um grupo de fundos de investimentos. Os minoritários discordam do preço proposto, de R$ 9,55 por ação, válido para as três ofertas. O valor correto, na visão deles, é R$ 9,75, uma vez que a PGI pagou R$ 9,75 pelo controle, dos quais R$ 0,20 corresponderam à remuneração do Lazard, assessor da transação. Para os minoritários, descontar os R$ 0,20 significa lhes repassar uma despesa exclusiva dos controladores.
Por fim, reclamam da proposta de pagamento: R$ 7,36 à vista e outros R$ 2,19 a prazo. A fatia parcelada se vincula, principalmente, a uma contingência tributária que o balanço da companhia não havia provisionado. Diante da insatisfação, a Providência se propôs a pagar R$ 8,15 à vista, em parcela única. Os minoritários avaliam, no entanto, que o valor ainda está abaixo do que consideram justo.
Ilustração: Rodrigo Auada
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