O mercado deu alta (Raia Drogasil)
Rede de farmácias conclui fusão entre Raia e Drogasil e se prepara para novos desafios

alta1Se a economia brasileira desanimou o varejo em 2014, os executivos da rede de farmácias Raia Drogasil têm pouco do que reclamar. A empresa resistiu bravamente à desaceleração do consumo no País; atingiu vendas recordes de R$ 7,39 bilhões, crescimento de 18,6% ante 2013. Ao mesmo tempo, conseguiu melhorar margens, abrir um número inédito de lojas e completar a integração que se arrastava desde a fusão entre as redes Droga Raia e Drogasil, em 2011.

A combinação fez os investidores retomarem a confiança nos papéis, que acumularam valorização de 26,4% nos seis meses encerrados em 20 de fevereiro. “Foi um ano de virada para a companhia”, resume Guilherme Assis, analista da Brasil Plural. Em novembro, os executivos comentaram em teleconferência que uma “nova empresa” havia nascido. “Deixamos de ser uma colcha de retalhos”, comemorou o diretor de RI, Eugênio de Zagottis.

O primeiro passo da virada foi dado no primeiro trimestre de 2014, com a migração dos centros de distribuição e a reforma de lojas que mantinham leiaute antigo. Em seguida, concluiu-se a união dos sistemas de informática e das áreas de estoque e compras. Assim, o comando da Raia Drogasil pôde se dedicar a melhoras operacionais. As ações surtiram efeito: a margem Ebitda subiu para 6% no ano passado. Agora, a meta é 7%.

Boa parte do crescimento veio da agressiva estratégia de expansão. Foram 130 unidades abertas em doze meses, totalizando 1.045 drogarias em 16 Estados. Este ano, o objetivo é abrir o mesmo número de lojas, com foco no Nordeste — região que a Raia Drogasil, hoje o maior grupo de farmácias do Brasil, ainda não domina. Por lá, a rede paulista vai enfrentar concorrentes estabelecidos, como a PagueMenos, original do Ceará, e a Brasil Pharma, do grupo BTG, dona de bandeiras tradicionais na região.

alta2A chegada de redes internacionais ao País pode trazer dificuldades. Segundo analistas, especula-se que a americana CVS, uma gigante com US$ 139 bilhões de receita, venha a adquirir a DPSP (resultante da união entre Drogaria Pacheco e Drogaria São Paulo), principal rival da Raia Drogasil. “Ambas atuam nas mesmas regiões e têm modelos de negócio parecidos. A entrada da CVS, com capacidade de investimento forte, mudaria todo o cenário e traria incerteza para a Raia”, pondera um analista.

Há quem prefira observar, porém, que a empresa não poderia estar em melhor forma para encarar o desafio. A consultoria especializada IMS Health estima uma expansão do setor de medicamentos em 12% este ano. Além disso, a companhia conta com liderança afinada e finanças saudáveis. “Eles só chegaram aonde estão porque são competitivos”, observa a analista do Citi Renata Coutinho.


A escolha das companhias para esta seção é feita a partir de um levantamento da Economática com a oscilação e o volume negociado mensalmente por ações que possuem giro mínimo de R$ 1 milhão por dia. A partir daí, são escolhidas aquelas que se destacam pelas variações positivas e negativas nos últimos seis meses.


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