Fundos de água miram companhias brasileiras
Ilustração: Grau 180.com.

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Conhecidos pela expressão em inglês “water funds”, os fundos de água formam uma categoria em proliferação nos Estados Unidos e na Europa. Assim como outros portfólios, eles são guiados por demandas ambientais e buscam alocar recursos em empresas que tenham políticas de uso racional do recurso ou cujo core business seja a água (a exemplo das companhias de saneamento, tratamento de água ou de equipamentos e tecnologias de descontaminação). De acordo com estimativa da Calvert Investments, gestora de recursos americana dedicada ao investimento em empresas preocupadas com aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), os water funds possuem, globalmente, em torno de US$ 8 bilhões em ativos sob gestão.

A Calvert Investments gerencia o pioneiro e um dos mais robustos fundos de água dos Estados Unidos: o Calvert Global Water Fund (CFWAX). O fundo detém ações de empresas brasileiras: 1,65% do patrimônio está alocado em papéis da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). “Investir em papéis de companhias cuja estratégia está focada em água é diferente de se investir em qualquer outro portfólio de equity”, diz Matt Sheldon, gerente de portfólio da Calvert. “A segmentação dá ao investidor a oportunidade de promover soluções de impacto e fazer com que o capital seja direcionado para empresas que fazem o melhor nessa área de atuação”, acrescenta.

Quem também navega por esse nicho é a gestora americana Water Asset Management, que igualmente escolheu uma companhia brasileira — nesse caso, a Natura. Desde que passou a integrar o Dow Jones Sustainability Index (DJSI), o índice de empresas sustentáveis da Bolsa de Nova York, em 2014, a fabricante de cosméticos tem sido abordada por gestores de fundos ESG fora do Brasil. Foi num dos roadshows de que participaram no exterior que executivos da Natura conheceram os gestores da Water Asset Management. “Nossa política de gestão hídrica ganha destaque com a tendência de investimento responsável, capitaneada por fundos de pensão, fundos soberanos e outros investidores com perspectiva de resultado no longo prazo”, afirma Fabio Cefaly, diretor de relações com investidores da Natura.


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