Companhias aderem à listagem na Bolsa sem oferta de ações

A Rio de Janeiro Capital Partners (RJCP) é uma companhia pré–operacional listada no segmento tradicional da BM&FBovespa desde julho. Sua chegada ao mundo das companhias abertas foi discreta. Não foi conduzida por bancos de investimento e escritórios de advocacia que normalmente assessoram as estreantes. Também não realizou uma oferta pública inicial de ações (IPO,na sigla em inglês) e tampouco um roadshow para apresentar seus negócios e precificar os papéis. Mas, em três meses de listagem, a RJCP atingiu um free float de 4%. “Estar na Bolsa nos dá visibilidade e mais acesso ao mercado”, avalia Marcelo Bastos, controlador da companhia.

O free float alcançado pela RJCP é resultado do interesse direto dos investidores, que lançam ofertas de compra no pregão. Como existem poucos papéis em circulação, já que não foi feita uma oferta pública, cabe ao controlador aceitar o preço e fechar a operação. É Bastos quem abre mão de suas ações para fomentar a liquidez do mercado secundário. Sua expectativa é, com essas operações, levar 12% do capital da companhia para o mercado.

O interesse crescente dos investidores pelas ações da RJCP parece reforçar a estratégia adotada pela companhia. “Investir em startups como fazemos é algo muito específico e, para um IPO acontecer, sua ação precisa atrair grandes investidores, diz Bastos.

Estar na vitrine da Bolsa foi o que levou a Desenvix, transmissora de energia elétrica, a trilhar caminho semelhante ao da RJCP. No mês passado, a empresa estreou no Bovespa Mais, segmento de listagem da BM&FBovespa para companhias médias. Também não realizou uma oferta de ações e nem pretende fazê–lo nos próximos dois anos. “Vamos praticar a vida de companhia aberta. Assim, no dia em que fizermos uma oferta, investidores e analistas já nos conhecerão”, afirma o CEO, José Antunes Sobrinho.

No caso da Desenvix, a decisão de se listar sem fazer oferta está relacionada às condições do mercado. Diante das incertezas econômicas globais, a companhia não conseguiu atingir, pelo bookbuilding, um valor por ação que considerasse justo. O exemplo da Desenvix pode se repetir. “A Bolsa faz um trabalho intenso para trazer novas empresas. Como estamos em um período de aversão a risco, pode ser que as companhias decidam hibernar na vitrine”, observa Carlos Alberto Rebello Sobrinho, diretor de regulação de emissores da BM&FBovespa.


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