A partir de março, mês em que completa um ano em funcionamento, a Central de Exposição de Derivativos (CED) planeja oferecer uma nova ferramenta de consulta. Atualmente, a CED permite que os bancos identifiquem apenas a exposição individual de cada cliente a derivativos, pelo respectivo número de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Com o novo método, os bancos participantes do sistema poderão fazer checagens por lotes de empresas, adotando critérios como setor de atividade ou grupo econômico. O objetivo é dar mais agilidade, principalmente, aos analistas de crédito, que se tornaram usuários frequentes das informações da CED. Dessa maneira, eles poderão traçar tendências de mercado, avaliando o grau de alavancagem de grupos empresariais ou segmentos da economia.
Criada em 2010 e mantida por BM&FBovespa, Cetip e Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a central tem como papel melhorar o processo de mensuração de riscos após os danos causados pela crise financeira. No Brasil, os casos mais significativos foram de companhias que registraram prejuízos bilionários ao investirem em derivativos de câmbio. Em 2008, a exposição da Sadia a esses contratos lhe rendeu mais de R$ 2,5 bilhões em perdas, e a saída foi juntar–se à concorrente Perdigão para sobreviver no mercado. Por situação semelhante passou a Aracruz. A companhia perdeu cerca de R$ 2 bilhões e se uniu à VCP, formando a Fibria.
Para alcançar plenamente seus objetivos, a CED busca agora ampliar o número de instituições filiadas. Hoje, nove bancos estão aptos a efetuar consultas. Outros cinco estão em processo de adesão, mas a meta é chegar ao fim de 2012 com algo como 30 bancos que, somados, representariam 95% do total de ativos do sistema financeiro brasileiro.
Uma parte importante da expansão depende do esforço das instituições financeiras. Como os contratos de derivativos firmados são sigilosos, a verificação das posições dos clientes só pode ocorrer se autorizada previamente. A tarefa de convencê–los cabe aos bancos. “Estamos perto de mil autorizações de consultas, e o crescimento tem sido rápido”, destaca Fernando Iglesias, diretor da CED.
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