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Carga pesada (Santos Brasil)
Mudanças na estrutura portuária brasileira desafiam empresa de logística

, Carga pesada (Santos Brasil), Capital AbertoQual é a demanda pelos serviços da Santos Brasil? Essa é a grande dúvida do mercado financeiro sobre a empresa de logística e movimentação de contêineres, cuja ação caiu 37,7% entre o início do ano e 16 de dezembro.

O ponto de interrogação também domina a negociação entre a empresa e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto de Santos. A concessão do maior terminal para a Santos Brasil vai até 2022, mas pode ser prorrogada até 2047 se ela investir R$ 800 milhões para expandir o cais nos próximos quatro anos. O entendimento — ou o seu fracasso — promete definir as tintas dos balanços da companhia no médio prazo. A Santos Brasil resiste, pois “não concorda com as estimativas da Codesp para o aumento da demanda no porto”, diz o analista-chefe da Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa.

O aumento da carga movimentada pelos portos brasileiros deve ser de 4% em 2013, bem abaixo da projeção de 7% feita por analistas no início do ano. Além disso, problemas como as obras de dragagem no terminal de veículos em Santos fizeram a participação do Sudeste no volume nacional de cargas cair de 53% para 48% no terceiro trimestre. Esse panorama deve se manter, com o crescimento dos portos do Norte e do Nordeste, resultante do esforço que o governo federal tem feito para combater o custo Brasil. Exemplo disso é a recente concessão dos trechos da BR-163 que atravessam o Centro-Oeste. A rodovia corta o interior do Brasil de norte a sul.

, Carga pesada (Santos Brasil), Capital AbertoA Santos Brasil é uma das empresas mais afetadas pelo contexto adverso. Houve um decréscimo de 17,7% na movimentação dos seus contêineres em outubro, conforme os analistas Fernando Abdalla e Carlos Louro, do J.P. Morgan. Eles lembram, entretanto, que a companhia ainda movimenta 53% dos contêineres de todo o porto.

Outra adversidade deve ser a concorrência crescente, que pressionará as margens de lucro. Em 9 de dezembro, a Secretaria Especial de Portos autorizou a construção dos primeiros terminais de uso privado (TUPs), portos administrados por empresas particulares.

Segundo projeções dos analistas Sami Karlik e Rodrigo Olivares, da Votorantim Corretora, o terminal da Santos Brasil levará de 5 a 12 anos para atingir 80% da capacidade. Nesse ponto, o volume se equilibrará, ou seja, a companhia se tornará sustentável no seu negócio principal. Enquanto isso, a Santos Brasil seguirá buscando completar o seu faturamento com outros tipos de serviço, como cabotagem e transbordo. São atividades de margens e ganhos menores, o que afeta o desempenho do papel. De novo, a questão será a demanda.


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