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A despedida da Fosfertil
Vale faz oferta para fechar o capital da Vale Fertilizantes com prêmio de 40% e alavanca o papel na Bolsa
  • Juliana Garçon
  • novembro 1, 2011
  • Captação de recursos, Bimestral, Edição 99
  • . Fosfertil, Vale Fertilizantes

Os resultados acima do esperado no primeiro trimestre e as boas perspectivas para o futuro já acalentavam os papéis da Vale Fertilizantes, subsidiária da mineradora Vale, quando, em junho, o anúncio de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) acelerou a alta. A controladora se propôs a pagar R$ 25 por papel da controlada, um prêmio de 32% sobre a cotação na época, para arrematar as ações em circulação no mercado, equivalentes a 16% do capital total, e cancelar o registro de companhia aberta.


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A Vale Fertilizantes é resultado de investidas recentes da Vale. Em janeiro de 2010, a mineradora comprou a área de fertilizantes da norte–americana Bunge no Brasil, pagando US$ 1,65 bilhão pelas minas de rocha fosfática e plantas de processamento de fosfatados e US$ 2,15 bilhões pela participação de 42,3% detida na Fertilizantes Fosfatados (Fosfertil). Além dessa operação, a Vale firmou contrato de opção de compra com a norte–americana The Mosaic Company (controlada pela Cargill) para aquisição da sua fatia de 20,27% na Fosfertil, que foi exercida meses depois, em setembro, no valor US$ 1,029 bilhão. A Vale adquiriu ainda participações da Fosfertil em poder de outros acionistas e alcançou 78,9% do capital total da companhia, cuja razão social foi alterada para Vale Fertilizantes.

Com a venda, a Bunge se livrou de uma produção que é intensiva em capital e demanda expertise para projetos de exploração, da prospecção à extração. Por sua vez, a Vale ficou com um negócio integrado — exploração, mistura e distribuição —, eliminou intermediários e se apropriou do excedente de valor, podendo operar com margens maiores.

A perspectiva é de mais rentabilidade. O crescimento da população e o aumento da renda estimulam a produção de alimentos e a expansão das fronteiras agrícolas — apenas um quarto das terras agriculturáveis é cultivado hoje no Brasil, segundo Max Bueno, analista da corretora Spinelli. Até 2019, a produção agropecuária brasileira deve crescer 40% e 60%, acima do ritmo projetado para mercados desenvolvidos e emergentes, aponta um estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Daí a crescente demanda por fertilizantes no Brasil, que já é o quarto maior consumidor mundial desses insumos e ainda tem muito espaço para avançar. O País faz uso de 6% do produto, contra 12% dos EUA, 16% da Índia e 30% da China. De acordo com o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), cerca de 60% dos estabelecimentos agrários brasileiros não aplicam nenhum tipo de fertilizante. As projeções indicam que o consumo desse insumo crescerá 6% ao ano, o dobro da média mundial. No mercado global, as indicações também são de aumento da demanda. A perspectiva é ultrapassar 200 milhões de toneladas consumidas em 2015, devido ao crescimento da população, que poderá chegar a 7,7 bilhões.

Nesse terreno fértil, a Vale ambiciona um posto de destaque, esperando chegar ao fim de 2012 como terceiro produtor global. Os planos incluem triplicar, até 2015, a produção de potássio e fosfato, matérias–primas dos fertilizantes. Em agosto do ano passado, depois de investir US$ 566 milhões, a Vale inaugurou a mina de Bayóvar, no deserto de Sechura, no Peru, um dos maiores depósitos de rocha fosfática da América do Sul, com produção voltada para Brasil, América do Norte e Ásia. A companhia também tem projetos de operação na Argentina, no Canadá e em Moçambique.

A meta é ser a quinta maior do mundo em produção de potássio em 2020. Para isso, está investindo US$ 15 bilhões e negociando com a Petrobras um acordo para explorar a mina de potássio de carnalita — minério do qual se extrai o cloreto de potássio — que a estatal possui em Maruim, no Sergipe.

O entendimento com a petroleira estatal segue de vento em popa, impulsionado pela chegada de Murilo Ferreira à presidência, em substituição a Roger Agnelli. É de conhecimento público que Ferreira está muito mais alinhado com o governo, acionista majoritário da Vale, do que seu antecessor. E é um projeto do Planalto empenhar–se para aumentar o nível de nacionalização da produção de fertilizantes. Num contrato recente, a Vale fez ainda uma joint venture com a Vale Fertilizantes para explorar a concessão do Terminal Portuário da Ultrafertil em Santos, que movimenta cargas importadas de enxofre, amônia e fertilizantes em geral e está estrategicamente interligado à malha ferroviária da Vale.

A perspectiva da Vale Fertilizantes é de valorização do negócio, como sinaliza a oferta da Vale, que tira proveito do caixa robusto para se apropriar da participação dos demais acionistas. Ao optar pelo fechamento de capital do braço de fertilizantes, a mineradora elimina os custos de listagem e as preocupações com a manutenção de mais uma companhia aberta, uma vez que a própria Vale já é listada. A aquisição dos papéis em circulação só depende da aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que pediu informações adicionais ao edital proposto. Se não houver novas solicitações, o edital será publicado e, a partir daí, começará a correr o prazo de 30 dias. O preço, de R$ 25, foi considerado atrativo (um prêmio de 40% sobre a cotação dos papéis preferenciais nos 20 pregões anteriores a 22 de junho, data do anúncio da oferta). A antiga Fosfertil estava listada na Bovespa desde 1992.


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