O California Public Employees’ Retirement System (Calpers), fundo de pensão dos funcionários públicos da Califórnia, anunciou, em junho, mudanças nos limites de alocação por classe de ativo. A fundação reduziu a meta de aplicação em ações e, em contrapartida, elevou os percentuais destinados a investimentos alternativos (private equity) e renda fixa. A medida deveu-se aos impactos da crise financeira em seu portfólio. “Essa não é uma estratégia para o longo prazo”, ressalvou George Diehr, presidente do comitê de investimento do Calpers.

A meta de investimentos em private equity passou de 10% para 14% da carteira, que hoje totaliza US$ 183 bilhões. O limite global de aplicação em ativos de renda fixa atingiu 20%, ante 19%. Já os investimentos em ações foram reduzidos de 56% para 49%. Alocações em imóveis e ativos ligados à inflação permaneceram estáveis em 10% e 5%, respectivamente. Os limites não são estáticos. Devido à volatilidade do mercado, os percentuais de alocação em private equity, renda fixa e imóveis podem oscilar 5% para mais ou para menos; e ativos ligados à inflação variam de 2% a 5%. Isso significa que, no caso do private equity, o centro da meta é 14% — apesar de o fundo ter permissão para destinar entre 9% e 19% de seus recursos à modalidade.

De acordo com o Calpers, um dos maiores investidores institucionais do mundo, a tendência de alocação sinalizada será detalhada na sua nova política de investimento. A previsão é divulgá-la no primeiro semestre de 2010, com vigência no período de 2011 a 2013.