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Buffett anuncia revisão do seu código de ética em assembleia

“Perca dinheiro pela empresa, e serei compreensivo; perca um pedacinho da reputação da empresa, e serei impiedoso.” A frase de Warren Buffett na assembleia anual da Berkshire Hathaway expôs seu grau de desapontamento com David Sokol, alto executivo que pediu demissão da gestora em abril, depois de se envolver em um caso de insider trading. Como consequência do imbróglio, Buffett afirmou que os códigos de ética e de insider trading da Berkshire serão revistos e, caso necessário, modificados.

O assunto monopolizou as atenções no encontro da mais famosa gestora de recursos do mundo, ocorrido em 30 de abril. Não apenas pelo deslize em si, mas também porque Sokol era tido como um dos favoritos no processo de sucessão de Buffett. Ele teria embolsado mais de US$ 3 milhões com a venda de ações da empresa do setor químico Lubrizol, que comprara dias antes de convencer Buffett a investir na companhia.

“Inexplicável e indesculpável”, disse Buffett a respeito do escândalo. Para ele, a surpresa com a atitude de Sokol foi total. Buffett lembrou de um episódio ocorrido há dez anos, quando a empresa negociava a compra da MidAmerican, da qual Sokol era CEO. Sokol abrira mão de mais de US$ 12 milhões de seu pacote de remuneração em favor de outro executivo, Greg Abel. “Não entendo o que faz um homem virar as costas para US$ 12 milhões e, dez anos depois, sujar seu nome por um valor bem menor”, afirmou Buffett.

A indignação manifestada pelo megainvestidor no encontro se opôs à sua primeira reação após o renúncia de Sokol. Na ocasião, ele afirmou em carta que não via nenhuma ilegalidade nas aquisições de ações feitas pelo executivo e que sua contribuição para a Berkshire havia sido extraordinária. Buffett sustentou na assembleia, no entanto, a autocrítica que havia feito na carta por não ter questionado Sokol sobre os detalhes das aquisições de ações da Lubrizol quando o executivo mencionou que detinha papéis da companhia. O reconhecimento da própria culpa é um aspecto frequente nos discursos de Buffett.

Indagado se na lista sucessória da Berkshire não poderia haver um outro Sokol, Buffett admitiu: “Foi uma temeridade ter Sokol no rol dos favoritos”. O oráculo seguiu despistando sobre o tema sucessão, mas adiantou que planeja colocar seu filho Howard Buffett como presidente do conselho. Para o cargo de CEO, afirmou que vai continuar buscando alguém que persiga os melhores interesses dos acionistas. Como sempre, sem citar nomes.


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