Empresas de tecnologia chinesas têm buscado com frequência a Bolsa de Hong Kong para suas listagens. O governo chinês vê o movimento com bons olhos — afinal, essa é uma forma de o país atrair investimentos estrangeiros —, mas a possível formação de uma bolha aflige autoridades locais. No último dia 14, a China Securities Regulatory Commission (CSRC), regulador do mercado de capitais local, convocou cerca de 200 fundos e corretoras para uma reunião em Pequim para expressar sua preocupação com o valuation das empresas de tecnologia. Muitas delas valem hoje bem menos que nos respectivos IPOs.
De acordo com levantamento da IR Magazine, os IPOs das empresas China Literature, Razer, Yixin Group e ZhongAn Insurance foram os maiores do setor de tecnologia em 2017. Dessas quatro empresas, três têm ações na bolsa de Hong Kong negociadas a preço inferior ao da oferta inicial. Os papéis do Yixin Group apresentam a pior performance: valiam 3,73 dólares no fim da semana retrasada, 51% menos do que no IPO (7,70 dólares). Já as ações da ZhongAn e Razer valiam, respectivamente, 9% e 42% menos que na oferta pública inicial.
Não à toa, a CSRC diz que as empresas estão exagerando em seus valores nos IPOs. Para que isso não gere desconfiança e afaste investimentos, o regulador recomenda que companhias, bancos de investimento e investidores institucionais chineses tenham mais “cautela” no processo de formação de preço, também conhecido como bookbuilding.
Manter um ambiente de negociação saudável é fundamental para que a Bolsa de Hong Kong continue atraindo ofertas. No primeiro trimestre, 48 IPOs levantaram 3 bilhões de dólares. O número, embora nada desprezível, foi o pior em cinco anos.
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