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Privatização na bolsa de valores: um remédio para a crise
, Privatização na bolsa de valores: um remédio para a crise, Capital Aberto

Geraldo Soares*/ Ilustração: Julia Padula

Nunca antes na história deste País tivemos tamanha crise de credibilidade. Os índices de confiança de todos os agentes da economia atingiram seu recorde de baixa: empresários, trabalhadores, consumidores, investidores nacionais e estrangeiros, dentre outros, estão desanimados, prostrados. Problemas cotidianos na economia, na representação partidária, no Congresso — somados às investigações do Ministério Público e da Polícia Federal (notadamente na Operação Lava Jato) — geram a percepção de que, por incrível que pareça, não há luz no final do túnel! Inédito! Nunca antes na história deste País…

Nosso mercado de capitais tem sido impactado pelo momento conturbado e atribulado. Nos últimos anos, grandes empresas brasileiras ou projetos relevantes para o País sofreram reveses, o que prejudicou a percepção do valor das organizações com ações negociadas em bolsas de valores. Nunca antes na história deste País presenciamos a destruição de valor na intensidade que está em curso.

Pois bem: qual seria a solução, se há?

Há anos os agentes do mercado de capitais discutem educação financeira, aumento da quantidade de companhias na bolsa de valores, cultura de mercado para médias empresas, dentre muitas outras ideias que estão na direção correta. Porém, tudo isso levará tempo, muito tempo. E tempo é o que não temos.

O mercado encolhe: menos empresas, menos corretoras, menos investidores, menos, menos…

Precisamos de um choque de credibilidade no Brasil e no mercado de capitais. Creio que nós, agentes do mercado de capitais, poderíamos propor uma solução para o País que demonstrasse que podemos implementar algo revolucionário. Minha sugestão: uma campanha pela privatização das 140 companhias públicas federais. Privatização na bolsa com pulverização para as pessoas físicas brasileiras.

Privatizar com pulverização gera vários benefícios que todos conhecem e que têm ampla divulgação em trabalhos acadêmicos e artigos. Contudo, um efeito positivo não citado normalmente é a diminuição drástica de indicações políticas em empresas hoje estatais. Essa vantagem por si só resulta em uma potencial alteração significativa de como a política brasileira é praticada.

Além disso, pulverização amplia a cultura de investimentos de riscos como um tsunami, pois as pessoas conhecerão as empresas estatais e se tornarão investidores. Isso socializa riquezas. Investidores pessoas físicas brasileiras participarão da construção das riquezas nacionais. Um slogan como “Privatização socializa riquezas” não é ruim.

Estamos em um momento complicado no Brasil, que nos possibilita discutir propostas antes impensáveis. É na crise que se abrem espaços de discussão de mudanças estruturais. Como potencial financiador da economia brasileira nos próximos anos, o mercado de capitais tem uma responsabilidade relevante e fundamental na discussão dos rumos de nosso País.


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