Bancos se preparam para securitizar carteiras de crédito imobiliário

Depois da badalada securitização de créditos para habitação da Caixa Econômica Federal, bancos de varejo acenam com a possibilidade de se aventurarem por esse segmento. O Bradesco confirmou à CAPITAL ABERTO, por meio de nota, que está “estruturando operações, para, no futuro próximo, testar o mercado”. No Banco do Brasil, a securitização está “em estudo de viabilidade”. O que motiva esse interesse das instituições financeiras é a preocupação com a secura das principais fontes de recursos para o crédito imobiliário.

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) calcula que, em 2013, a poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) chegarão ao limite de financiamento do setor. Essa previsão pode ser antecipada, em função do crescimento de contratações de crédito imobiliário acima do esperado neste ano e da perspectiva de aumento da Selic, que tende a desviar recursos da poupança. Em 2010, o saldo da poupança ficou em R$ 299,8 bilhões, enquanto o total usado pelos bancos em financiamentos imobiliários atingiu R$ 56,2 bilhões.

A securitização ajudaria a suprir essa carência de funding. “A operação de emissão de CRIs da Caixa, maior operadora de crédito imobiliário do País, é um caminho previsível”, diz Romeu Pasquantonio, diretor da BFRE, holding controladora da Brazilian Securities, que estruturou a operação da Caixa. O banco estatal encerrou em 12 de maio uma oferta pública de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) — lastreados em parte de sua carteira de crédito para a compra de imóveis residenciais —, captando R$ 232,7 milhões. A intenção da Caixa é repetir a dose.

Incentivos para isso não faltam. João Carlos Mansur, sócio da TAG Properties, braço da TAG Investimentos no mercado imobiliário, destaca a isenção de imposto de renda para pessoas físicas que aplicam em CRIs e as novas regras de direcionamento dos recursos da poupança que entraram em vigor em março. No fim de 2010, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou que os empréstimos habitacionais cedidos continuassem a contar para o mínimo de 65% da poupança que os bancos são obrigados a destinar a crédito imobiliário.


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