Mudanças são sempre uma experiência à parte. O caldo cultural em que estamos imersos orienta nossas escolhas e percepções, explicando o inevitável estranhamento diante do novo. Que o digam os feitores e os usuários da contabilidade, que com o IFRS veem suas crenças serem destruídas a cada balanço. Sim, o que era patrimônio virou dívida. E o que era dívida agora pode ser patrimônio, como mostra a reportagem na página 16. Acredite quem quiser. Essa é a vida sob as normas contábeis internacionais.
Mas o bom é quando nos damos conta de mudanças que surgem espontaneamente. Quem imaginou, por exemplo, que um dia um acionista controlador não se importaria em converter ações ordinárias e preferenciais, reduzir sua parcela societária e abrir mão do controle? E que daria esse passo por escolha própria, sem cobrar nada, convencido de que esse seria o melhor jeito de resolver os riscos da sucessão na sua companhia? Mais improvável ainda seria uma empresa com histórico de problemas com os minoritários oferecer o tag along aos investidores apesar das boas chances de a interpretação legal lhe isentar essa obrigação.
Há alguns anos, tampouco colaria a ideia de que uma companhia aberta investiria alguns milhares de reais para convidar os seus acionistas à assembleia, servindo-lhes almoço, distraindo-os com música, presenteando-os com brindes e, como pediria a ocasião, apresentando-lhes os resultados financeiros. A certa altura do encontro, seus controladores ficariam a postos, sentados num palco, prontos para responder a qualquer pergunta ou provocação. Você acreditaria?
Tudo bem, é verdade que os três exemplos referem-se a casos isolados. Mas eles são reais, e estão descritos nesta edição na reportagem sobre assembleias e na seção Em Pauta. Boa leitura.
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