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A mil por hora
OHL se beneficia de novas concessões, empréstimo do BNDES e recuperação da economia

, A mil por hora, Capital AbertoA Obrascón Huarte Laín Brasil (OHL), concessionária que administra 3.226 quilômetros de rodovias federais e estaduais, encontrou muitas pedras pelo caminho no ano passado. Suas ações chegaram ao fundo do poço em outubro de 2009, a R$ 10,35, pressionadas pelos efeitos da crise financeira mundial, que afetou a economia e contaminou o tráfego pedagiado. Havia também um outro fator, presente desde que a OHL arrematou cinco das sete rodovias federais licitadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 2007: “O mercado entendeu que aceitamos uma taxa de retorno baixa para conquistarmos as concessões. Houve a percepção de que fomos muito agressivos e nos arriscamos demais”, afirma o diretor financeiro e de relações com investidores (RI) da OHL, Francisco Leonardo Moura da Costa.

Com as novas concessões, o programa de investimentos da OHL atingiu R$ 4,5 bilhões. Somente para 2010 estão previstos aportes de R$ 1,062 bilhão, sendo R$ 880 milhões destinados às concessionárias federais e R$ 182 milhões para as estaduais. Novamente, as dúvidas tomaram de assalto os investidores, que viam risco de a companhia não conseguir os financiamentos necessários, sobretudo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para modernizar e ampliar a malha rodoviária conquistada. Também havia incerteza sobre o cumprimento dos cronogramas das obras de praças de pedágio, por dificuldades de obtenção do licenciamento ambiental e de desapropriação de áreas.

Nesse somatório de incógnitas, o divisor de águas, na percepção do mercado, foi a liberação, em junho do ano passado, pelo BNDES, de um empréstimo-ponte de cerca de R$ 1 bilhão. Os recursos deram novo fôlego à companhia, até que o banco terminasse a análise de um pedido de financiamento de longo prazo de outros R$ 3 bilhões.

A companhia honrou a entrega das obras previstas nas concessões. “A OHL foi bem-sucedida no esforço de construir as praças de pedágio dentro do cronograma”, diz o analista Brian Moretti, da Planner Corretora. Segundo ele, a empresa terminou 2009 com 28 praças de pedágio construídas, 18 a mais que no início do ano. Resta apenas uma praça na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), que seria entregue em 1º de setembro.

Ajuda decisiva veio da conjuntura econômica, que influenciou fortemente o tráfego pedagiado nas rodovias administradas pelas empresas da OHL e influenciou os resultados do segundo trimestre. “Esse segmento está bastante vinculado ao desempenho da economia”, explica a analista Maria Tereza Azevedo, da Link Corretora. A OHL registrou um aumento de 28,9% no volume de tráfego no trimestre, em relação ao mesmo período de 2009. Nas concessionárias estaduais, o aumento foi de 12,4%, e nas federais, de 36,7%. O número maior de praças de pedágio teve o seu efeito. “Mas se considerarmos a mesma quantidade, ainda observamos crescimento do volume pedagiado de 12,1%”, observa Moretti.

Com suas rodovias estrategicamente situadas nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nas quais circulam dois terços da frota brasileira de veículos, a OHL também foi favorecida pelo maior tráfego de caminhões, decorrente do aquecimento econômico. As boas-novas levaram a um lucro líquido de R$ 62,6 milhões no segundo trimestre, 36,7% maior na comparação com o mesmo período de 2009. O Ebitda cresceu 41,9%, para R$ 224 milhões (com margem de 62,6%). E a receita líquida aumentou 24,6%, para R$ 358 milhões.

Os prognósticos seguem positivos para o segundo semestre. Maria Tereza, da Link, acredita que a OHL continuará se beneficiando dos efeitos do vigor econômico, que levam a uma projeção de manutenção do crescimento do volume pedagiado na casa dos dois dígitos. “O endividamento da companhia também caminhou para um patamar razoável”, acrescenta a analista. Ela mantém a avaliação de que as ações da companhia terão desempenho superior ao do mercado e estabelece um preço-alvo de R$ 53 para a ação da OHL (contra R$ 48 em 31 de agosto). Moretti, da Planner Corretora, também está otimista. Ele ressalta que a abertura da nova praça de pedágio será mais um fator favorável ao incremento dos resultados da companhia. Sua projeção é um preço-alvo de R$ 47,22 para dezembro.


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