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A arte de administrar empresas
Acadêmicos de Harvard inovam ao estudar o comportamento dos empreendedores norte-americanos no início do século 20

, A arte de administrar empresas, Capital AbertoÉ inconcebível pensar no estudo de belas-artes e não se dedicar a investigar os grandes mestres, como Renoir, Monet e Van Gogh. E quanto à arte de empreender e administrar empresas?

Apesar de citados em vários cursos de graduação e pós-graduação, os grandes “mestres” empresariais não são estudados em seus estilos de forma sistemática e organizada. Diante dessa provocação, Mayo e Nohria, dois acadêmicos de Harvard, organizaram uma lista dos mil líderes empresariais norte-americanos mais influentes, com o objetivo de estabelecer suas características de liderança mais marcantes. A obra trata dos empreendedores do início do século 20, e é a primeira da série O mundo empresarial e seus ícones, que se completa com mais dois livros.

Na busca pelo perfil do líder empresarial norte-americano, os autores entrevistaram 7 mil executivos, que analisaram e classificaram mil CEOs e fundadores de empresas. Foram identificadas algumas características comuns, como os três arquétipos de executivo — o empreendedor, o gestor e o líder. Por tal constatação, ficou clara a impossibilidade de se escolher um único nome para simbolizar o típico comandante de negócios. Afinal, o contexto em que cada ícone atuou demandou habilidades diferentes para a conquista do sucesso.

A obra é dividida em três blocos de dez anos cada, correspondentes às três primeiras décadas do século passado. Em cada um deles, os autores estabelecem um contexto social, demográfico e tecnológico, descrevendo os feitos dos principais líderes empresariais de cada época. Apesar do objetivo explícito de discutir as determinantes do sucesso desses dirigentes, o passeio pelo perfil sociodemográfico americano em acelerada transformação nessas três décadas dá fluidez à leitura, tornando-a leve e interessante.

Jack Welch teria tido sucesso com sua forma de gerenciar a empresa no início do século? E Walt Disney, seria bem sucedido hoje em dia? O que pensar de Henry Ford e sua ênfase em produtividade em detrimento dos desejos do consumidor? Além de um contexto favorável e de características pessoais pertinentes, é fundamental a capacidade de identificar oportunidades e se adaptar para aproveitá-las. Que o diga Alfred Sloan, da General Motors, ao perceber que os americanos não queriam apenas os modelos “T” pretos de Henry Ford.

Por fim, além da importância da interpretação do contexto, que outras lições podemos utilizar na gestão de negócios do século 21? O financiamento empresarial passou por grandes transformações nos últimos cem anos. Hoje em dia, está disponível tanto para empresas “start ups” como para grandes conglomerados. A questão crítica, que persegue tanto os venture capitalists como os membros de conselho de administração de grandes empresas, é a quem confiar a liderança do empreendimento. Uma compreensão superior do contexto, aliada a uma correta identificação do perfil de líder ideal para esse ambiente, certamente aumentam as probabilidades de sucesso e de retornos mais elevados.

O Século da Inovação e sua Crise
Nitin Nohria e Tony Mayo
Editora Campus
192 páginas
Lançado em 02/2008


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