Gostaria de parabenizar a CVM pelo presente de Natal que deu ao mercado, com a publicação do Planejamento estratégico: Construindo a CVM de 2023. Iniciativas como essa são fundamentais para os agentes do mercado analisarem quais serão as prioridades da autarquia nos próximos anos, o que permite um debate construtivo sobre os objetivos traçados e possibilita que tenhamos uma visão de longo prazo.
Cabe ressaltar que a CVM fez um amplo debate com entidades e agentes do mercado, em que ouviu demandas e sugestões, sem pré-concepções, aberta às críticas e com respeito às opiniões contrárias. Agradeço o desprendimento dos profissionais do regulador para ouvir o mercado.
Sugiro a todos que leiam com atenção o documento disponibilizado no site da autarquia. São 15 objetivos estratégicos para os próximos dez anos. Pretendo, neste blog, abordar vários deles e, assim, abrir com vocês um debate democrático e construtivo. Nesse contexto, gostaria de começar com um tema caro para o mercado de capitais brasileiro: educação financeira.
No objetivo estratégico 13, lê-se: “Ter um papel de liderança na área de educação financeira, contribuindo para uma melhor compreensão pelos investidores dos benefícios e dos riscos associados aos produtos financeiros”. Várias foram as iniciativas nos últimos anos que morreram na praia, seja por mudança de gestão de agentes de mercado, seja por incompetência. Fico feliz ao ler que a CVM pretende liderar essa área, uma vez que, por ser o regulador de mercado, dotado de credibilidade institucional, pode arregimentar vários agentes em prol do objetivo comum.
A educação financeira em nosso país é ridícula, abaixo do nível da sarjeta. Mesmo profissionais de área de economia e administração não têm, em sua grande maioria, princípios básicos de educação financeira pessoal no currículo universitário. Todos são (virtuais) ministros da Fazenda, mas não conhecem o valor do dinheiro no tempo, nem sabem como sacrificar consumo hoje para gerar poupança para amanhã. Um exemplo ilustrativo disso é que algumas companhias abertas (como Gerdau e Itaú) têm cursos de educação financeira para seus funcionários, visto que a formação acadêmica não forneceu o básico de finanças.
Educação financeira ampla e disseminada gerará poupança, que dará origem a investimentos, tão necessários a nosso país. Evidente que demora décadas, mas temos que iniciar em algum momento.
Parabenizo a CVM por ambicionar a liderança do processo de educação financeira. Conte conosco nesse desafio!
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