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Startups-unicórnio: realidade próxima ou só um grande sonho?
  • Alexandro Cruz
  • abril 28, 2017
  • Seletas, Bolsas e conjuntura, Reportagens, Edição 76
  • . venture capital, IPO, empreendedorismo, Startups, Netshoes, Negócios disruptivos, unicórnios

Ilustração: Rodrigo Auada

No dia 12 de abril, a brasileira Netshoes comemorou sua oferta pública inicial de ações (IPO) na Nyse. A estreia em solo americano permitiu à empresa de comércio eletrônico de vestuário uma captação de US$ 138,9 milhões. As ações, negociadas com a sigla NETS, foram vendidas ao preço unitário de US$ 18, o que fez a companhia fundada por Marcio Kumruian em 2000 estrear com valor de mercado de cerca de R$ 560 milhões. Embora nada desprezível, o número frustrou quem sonhava ver a Netshoes paramentada na fantasia de unicórnio — apelido dado às startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, uma venda estratégica ou uma oferta pública de ações. De acordo com a CB Insights, há, no mundo, cerca de 190 empresas iniciantes nesse patamar.

As chances de o País enfim contar com um unicórnio, contudo, não se esgotam com o IPO da Netshoes. De acordo com Edson Rigonatti, sócio da Astella Investimentos, há cerca de 20 empresas brasileiras com potencial para atingir valor de mercado de US$ 1 bilhão num futuro próximo. Uma delas é a 99, dona do maior aplicativo de transporte do País. A empresa aposta no desenvolvimento de soluções disruptivas na área da mobilidade urbana — um dos maiores desafios nas grandes cidades do mundo. Matheus Moraes, diretor jurídico da startup, lembra que, há mais ou menos três anos apenas, era preciso ligar para uma cooperativa e aguardar um bom tempo para o táxi chegar. Hoje, com o aplicativo, o passageiro embarca num carro privado ou táxi em até quatro minutos. “O modelo de transporte em si continua parecido, mas o modo como se enxerga a mobilidade urbana mudou completamente”, observa Moraes.

Quebra de paradigma

Embora para muitas startups o título de unicórnio possa significar a realização de um sonho, Rigonatti observa que o “empreendedor precisa mudar a cabeça do ‘sonho grande’ logo na fase zero”. O mais importante para o sucesso de uma empresa, considera, é que o fundador esteja focado no desenvolvimento do negócio e na geração de receita. “Ele deve se dedicar a resolver problemas, aprimorando seus serviços e produtos”, afirma Rigonatti.

Por isso, embora integre a lista de possíveis unicórnios brasileiros, a 99 não faz disso uma meta. Moraes sentencia: “Sabe quantas vezes falamos em nos tornarmos unicórnio na 99? Nenhuma”. Na empresa de soluções para negócios digitais Hotmart, o alcance desse status tampouco é uma preocupação. Presidente da empresa, João Pedro Resende dá um recado a quem está começando. “O empreendedor que acha que sua ideia só será boa se gerar um unicórnio pode acabar preso no planejamento e dar um tiro no pé”, diz.

Atração de capital

Rodrigo Menezes, sócio do Derraik & Menezes Advogados, pondera que o surgimento de um unicórnio brasileiro poderia aumentar a visibilidade do ecossistema de startups brasileiras e ajudar na atração de recursos financeiros. Porém, mais importante do que isso, seria a recorrência de desinvestimentos de sucesso, ainda que não movimentem bilhões.

Rodrigo Borges, sócio da Domo Invest, observa, entretanto, que, enquanto o Brasil tiver altas taxas de juros será sempre um desafio atrair dinheiro para investimento em empresas, principalmente iniciantes. “O que diferencia o empreendedor do Brasil daquele do Vale do Silício ou de Israel é o acesso a capital. Nesses lugares, os juros são muito baixos, o que incentiva as pessoas a investir em empresas que geram lucros”, afirma.

Outro desafio dos empreendedores nacionais para atrair recursos, principalmente estrangeiro, é explicar as particularidades do Brasil e como elas influenciam os modelos de negócios. “Aqui, o transporte público chega a custar até 13% do orçamento mensal de uma pessoa, um percentual elevado em relação a outros países desenvolvidos. Isso causa dúvidas para os investidores”, comenta Moraes, da 99. “Por isso, expor mais o que a gente faz aqui dentro é bastante válido. Muitos estrangeiros não têm ideia de como existem setores rentáveis no Brasil”, acrescenta.

A favor do País, diz Rigonatti, há um excelente histórico de negócios — e isso apesar de todas as dificuldades enfrentadas por quem empreende por aqui. Segundo a consultoria A Arte da Marca, o Brasil é o 5º país mais empreendedor no mundo e o 12º mercado mais promissor para startups. As empresas de tecnologia, aliás, se desenvolvem no País apesar dos obstáculos relacionados à infraestrutura de redes. Estudo divulgado no início de 2017, encomendado pela internet.org, revela que o Brasil ainda tem 70,8 milhões de pessoas sem acesso à internet (fixa ou móvel). O mesmo levantamento avaliou as condições que os países oferecem para as pessoas utilizarem as redes digitais e perceberem seus benefícios — incluindo qualidade de conexão, preço e políticas para o setor. Nesse ranking de internet inclusiva, o Brasil está em 18º lugar, atrás de Rússia e Índia, por exemplo.

“O empreendedorismo é muito importante para o desenvolvimento do País, e se virarmos um berço de empresas-unicórnio será ótimo. Mas se não acontecer, continuaremos ganhando dinheiro com a realidade que nós temos e de forma estruturada”, destaca Rigonatti. Dan Faccio, diretor da Qualcomm Ventures, concorda. “Buscamos investir em negócios que tenham potencial e sejam sustentáveis. Não que sejam midiáticos”, conclui.


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