SEC alerta sobre riscos de ETFs de ações únicas
Inédito no mercado americano, produto assume posições arriscadas, com o agravante de não possuir os benefícios da diversificação
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De acordo com a Bloomberg, pelo menos mais 85 ETFs de ações únicas estão sendo desenvolvidos atualmente no mercado americano. | Imagem: Freepik

Um novo produto de investimento está tirando o sossego da Securities and Exchange Commission (SEC). No dia 14 de julho, a gestora de recursos ASX lançou oito EFTs de ações únicas no mercado americano, apesar dos vários alertas regulatórios sobre os riscos desse tipo de produto.  


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Diferentemente dos EFTs tradicionais, que alocam recursos em várias empresas que compõe um índice, os ETFs de ações únicas assumem posições alavancadas ou inversas (que apostam na queda de um ativo) em uma única ação. No caso da ASX, a escolha tem sido pelo investimento em papéis de companhias voláteis como Tesla, Nvidia e PayPal. 

Em comunicado, Lori Schock, diretor do escritório de educação e defesa de investidores da SEC, alertou que, assim como outros produtos financeiros complexos, os ETFs de ações únicas oferecem elevado risco para os investidores, com o agravante de não possuírem os benefícios da diversificação para amenizar perdas. “Os investidores que detêm esses fundos experimentarão volatilidade e risco ainda maiores do que aqueles que possuem as ações subjacentes”, frisa Schock. “Embora esses produtos sejam listados e negociados em bolsa, eles não são adequados para todo tipo de investidor”, acrescenta.  

As ressalvas da SEC, no entanto, não têm desanimado os emissores de ETFs dessa modalidade, que apostam no sucesso do produto entre investidores com foco em ganhos no curto prazo. De acordo com dados da Bloomberg, pelo menos mais 85 ETFs de ações únicas estão sendo desenvolvidos atualmente no mercado americano. E não há nada que a SEC possa fazer a respeito, a não ser alertar os investidores. Mudanças de regras feitas em 2019 e 2020 permitem o lançamento de ETFs alavancados e com posições invertidas sem a necessidade de aval do regulador.  

Na Europa, os ETFs com essa característica existem desde 2018. No final de junho, a Leverage Shares tinha 135 milhões de dólares em ativos sob gestão alocados em 123 ETFs de ações únicas, enquanto a sua rival GraniteShares possuía 77 veículos desse tipo com ativos combinados de 114 milhões de dólares, segundo dados da consultoria londrina ETFGI. 

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