
Uma onda de meganegócios elevou os volumes globais de fusões e aquisições para 2 trilhões de dólares no primeiro semestre do ano, apesar do aumento da inflação, da alta da taxa de juros e da instabilidade causada pela guerra na Ucrânia. Segundo a fornecedora de dados Refinitiv, entre janeiro e junho deste ano, 25 transações no valor de mais de 10 bilhões de dólares foram anunciadas, um aumento de 12% em comparação com o mesmo período de 2021.
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Apesar da boa notícia, o mercado teme que, diante da perspectiva de uma recessão global, negócios de maior monta que estão previstos possam fracassar ou levar mais tempo para serem fechados. De modo geral, a turbulência na economia global já vem causando uma elevação no valor de negócios cancelados, que somou 286,2 bilhões de dólares no primeiro semestre, o nível mais alto desde a pandemia.
Nos EUA, as operações de M&A têm sido impactadas também pelo maior escrutínio por parte dos reguladores. Recentemente, em linha com os esforços do presidente Joe Biden de diminuir a concentração corporativa nos EUA, Jonathan Kanter, chefe da unidade antitruste do Departamento de Justiça, anunciou que o DOJ adotará uma postura mais rigorosa em relação a aquisições feitas por firmas de private equity. Nos últimos anos, essas empresas passaram a controlar parte importante da economia americana, por meio de participações substanciais em empresas que vão desde redes de varejo a hospitais e centros de dados.
As fusões e aquisições globais atingiram seu nível mais alto no ano passado, graças em parte aos mercados em expansão e às amplas medidas de estímulo dos governos durante a pandemia. O boom das empresas de cheque em branco nos EUA, conhecidas pela sigla Spac, também contribuiu para elevar os volumes de transações de M&A. Mas essas transações vêm diminuindo, diante de denúncias de fraude envolvendo essas sociedades, da dificuldade de seus gestores de acharem negócios para compra e da perspectiva de que essas empresas passarão a ser mais reguladas. “Com essas mudanças de cenário, os líderes corporativos terão que examinar atentamente seus balanços para garantir que tenham planos para os ‘dias chuvosos’. Para muitas empresas, isso é mais importante no momento do que o crescimento inorgânico”, ressaltou Eric Swedenburg, co-head de M&A da Simpson Thacher & Bartlett, ao Financial Times.
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