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Nova lei da Califórnia exige diversidade nos conselhos de administração
Medida foca em minorias com baixa representação nos boards
Nova lei da Califórnia exige diversidade nos conselhos de administração

Até janeiro de 2023 todas as empresas de capital aberto na Califórnia devem ter conselhos de administração diversos

O governo do estado da Califórnia aprovou, no dia 30 de setembro, uma nova lei que irá exigir das companhias abertas maior diversidade étnica e sexual em seus conselhos de administração. A legislação demanda que as empresas reservem assentos no board para conselheiros de minorias sub-representadas nesses espaços. Para se encaixar na definição, o conselheiro deve se autoidentificar como “negro, afro-americano, hispânico, latino, asiático, habitante das Ilhas do Pacífico, nativo americano, nativo do Havaí, nativo do Alasca, gay, lésbica, bissexual ou transgênero”.

A lei é aplicável a qualquer empresa de capital aberto, estrangeira ou americana, cujos principais escritórios estejam localizados na Califórnia. A medida será aplicada gradualmente. Até o dia 31 de dezembro de 2021, os conselhos dessas empresas devem ter, no mínimo, um representante de minoria sub-representada. Já em 2022, a exigência aumenta para três conselheiros de minorias se o board tiver nove ou mais membros. Caso o conselho tenha entre nove e quatro assentos, dois deles devem ser reservados para minorias. E, se a empresa tiver menos de quatro conselheiros no board, a condição continua a mesma do ano anterior: ao menos um representante de minoria no grupo. O objetivo é que, até janeiro de 2023, todas as empresas de capital aberto na Califórnia tenham conselhos de administração diversos.

O texto da lei destaca ainda que as companhias podem aumentar o tamanho de seus conselhos para se adequar às novas exigências. Aquelas que descumprirem as novas regras podem ser penalizadas em 100 mil dólares na primeira violação, e em 300 mil dólares por qualquer violação subsequente. As companhias podem também ser multadas em 100 mil dólares por falha na prestação de informações sobre os membros de seus conselhos.


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Justificativas

Para justificar a aprovação da nova lei, o governo da Califórnia apresentou uma série de informações que comprovam a falta de diversidade nas empresas. Dados de 2018 da consultoria Deloitte e da Alliance for Board Diversity, mostram que negros, latinos e asiáticos/ habitantes das Ilhas do Pacífico ocupam, respectivamente, apenas 8,6%, 3,8%, e 3,7% dos cargos de conselheiros das 500 maiores empresas dos Estados Unidos. Entre os executivos-chefes dessas empresas, 90% eram brancos, segundo informações de 2019 da secretaria de estatísticas trabalhistas americanas.

Diversidade de gênero

A nova lei se soma a outras iniciativas do governo da Califórnia, que já exigia diversidade de gênero nos conselhos das companhias instaladas no estado. Segundo a legislação local, até o final de 2019 todas as empresas localizadas na região deveriam ter ao menos uma conselheira em seu board. Até o encerramento do ano de 2021, a exigência aumenta progressivamente conforme o número de assentos de cada conselho. Se o seu número de conselheiros de uma companhia for seis ou mais, a corporação deverá ter um mínimo de três mulheres como membros. Já se o número de assentos for cinco, a corporação deverá ter, no mínimo, duas conselheiras. Para quatro ou menos assentos no board, a corporação deverá ter, ao menos, uma conselheira.


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