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Na contramão da economia de baixo carbono 
Investidores com 4 trilhões em ativos priorizam empresas petrolíferas que continuam a explorar combustíveis fósseis
Na contramão da economia de baixo carbono

Apesar de se mostrarem pouco confiantes quanto ao retorno para os acionistas de empresas petrolíferas com projetos em energia renovável, 46% dos entrevistados consideram essas empresas uma ameaça às companhias que dominam o setor | Imagem: macrovector – freepik

Nos últimos meses, grandes empresas petrolíferas, como Royal Dutch Shell e BP, anunciaram estratégias de transição energéticaem linha com o movimento global rumo a uma economia de baixo carbono. Entretanto, uma pesquisa feita com 37 investidores institucionais que têm cerca de 4 trilhões de dólares sob gestão mostra que, quando se trata do setor de óleo e gás, a importância da sustentabilidade fica restrita ao discurso de grandes gestoras. 

Segundo o levantamento Integrated Oils – The Burning Question”, feito pela consultoria Procensus e divulgado em abril, 62% dos investidores preferem que as empresas petrolíferas priorizem projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural (“upstream), enquanto apenas 14% favorecem empresas com iniciativas voltadas a combustíveis renováveis. Em pouco mais de 12 meses, a mudança na resposta desse grupo de investidores institucionais foi brusca — em fevereiro do ano passado, 33% diziam preferir estratégias upstream, ante 45% dos que priorizavam estratégias em renováveis. 

Além do atual cenário de alta no preço dos commodities, que impactou positivamente o desempenho das petrolíferas nas bolsas de valores, outro fator que os analistas da Procensus citam como catalisador dessa oscilação é o crescente ceticismo de que projetos com fontes renováveis possam atingir uma taxa interna de retorno (TIR) de dois dígitos. Essa taxa mede o grau de rentabilidade de um investimento. 

A pesquisa também mostra uma contradição interessante. Apesar de se mostrarem pouco confiantes quanto aretorno para os acionistas de empresas petrolíferas com projetos em energia renovável, 46% dos entrevistados consideram essas empresas uma ameaça às companhias que dominam o setor (40% preferiram não responder). Segundo os analistas, “o resultado sugere que as empresas que investem em renováveis são percebidas como disruptivas, mas não como beneficiários da transição para as energias renováveis”. 

Também é curioso notar a percepção que investidores institucionais têm das empresas petrolíferas. Uma pesquisa anterior realizada pela Procensus com 64 investidores institucionais com quase 11 trilhões de dólares em ativos mostra que somente 17% dos entrevistados acreditam que companhias do setor de óleo e gás serão capazes de mudar o foco de seus negócios para fontes de energia renovável. 

 

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