M&As movimentam recorde de 1,3 trilhão de dólares em três meses 
Com participação significativa de negócios via Spacs, mercado global de fusões e aquisições teve o melhor início de ano desde 1980 
M&As geram recorde de 1,3 trilhão de dólares em três meses

Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por grande parte do frenesi, aumentando em 160% o volume de operações (para 654 bilhões de dólares) em comparação com o primeiro trimestre de 2020 | Imagem: pikisuperstar/freepik

Profissionais envolvidos com fusões e aquisições (M&A) estão presenciando uma recuperação sem precedentes desse mercado, que sofreu um forte abalo no início da pandemia. Entre 1º de janeiro e 30 de março de 2021, as operações de M&A no mundo totalizaram 1,3 trilhão de dólares, alimentadas por uma enxurrada de negociações tradicionais nos Estados Unidos e por aquisições por meio de Spacs (special purpose acquisition companies). Dados consolidados pela consultoria Refinitiv mostram que o resultado é melhor do que o de qualquer primeiro trimestre desde 1980  supera até os níveis surpreendentes do boom das pontocom na virada do milênio. 

Desta vez, nem a crise econômica mundial e as restrições impostas pela pandemia pararam os acordos. A corrida para fechar M&As foi tão acelerada que também levou os bancos de investimento a registrar o mais lucrativo trimestre em pelo menos 20 anos, gerando cerca de 37 bilhões de dólares em taxas. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por grande parte do frenesi, aumentando em 160% o volume de operações (para 654 bilhões de dólares) em comparação com o primeiro trimestre de 2020. O aumento foi 3,5 vezes maior do que registrado em países do eixo Ásia-Pacífico e seis vezes maior do que o de países da Europa. 

Uma série de megaoperações está por trás do recorde. Somente em março, a General Electric anunciou a venda de sua divisão de aluguel de aeronaves para a rival irlandesa AerCap, por 30 bilhões de dólares, enquanto a Canadian Pacific adquiriu a Kansas City Southern em um negócio de 28,9 bilhões dólares. No mesmo mês, o setor de private equity recebeu a notícia da fusão entre a asset Apollo Global Management e a seguradora Athene Holding, em acordo de 11 bilhões de dólares. 

Aquisições via Spacs 

Uma parcela considerável das maiores operações de M&A durante os últimos três meses envolveu empresas de cheque em branco. Nos Estados Unidos, os acordos realizados por meio de Spacs somaram 172 bilhões de dólares, mais de um quarto do valor total de operações no país. 

Uma das maiores aquisições por essa via foi anunciada em fevereiro, quando a Lucid Motors, fabricante de carros elétricos rival da Tesla, fechou acordo de 24 bilhões de dólares com a Spac Churchill Capital IV Corp., controlada por Michael Klein. Semanas depois foi a vez da gestora eToro, concorrente da Robinhood, anunciar uma transação de 10 bilhões de dólares para abrir capital e fundir-se à Spac FinTech Acquisition Corp V, da magnata do setor bancário Betsy Cohen. 

 

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