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Encarecimento de seguro cibernético preocupa empresas
Valores de contratação subiram 130% nos EUA só no último trimestre de 2021
Encarecimento de seguro cibernético preocupa empresas
Para dar conta do número crescente de sinistros e dos valores cada vez mais altos dos resgates, as seguradoras precisaram aumentar o preço das apólices | Imagem: freepik

Como se não bastasse a crise econômica e o aumento da inflação, um outro problema vem pressionando o caixa das companhias: o encarecimento exorbitante dos seguros cibernéticos. De acordo com dados da seguradora Marsh, os valores para contratação desse tipo de produto subiram 130% nos Estados Unidos só no último trimestre de 2021. Já no Reino Unido, a alta foi de 92%. E a má notícia é que, por ora, não há qualquer sinal de trégua nos reajustes — muito pelo contrário.

“Nos últimos dois anos os crimes digitais com ransomware se tornaram um grande problema no mundo corporativo, e as seguradoras estão reagindo a isso”, afirmou Adrian Cox, presidente da seguradora Beazley em entrevista ao Financial Times. Os ataques de ransomware aos quais Cox se refere são uma atividade criminosa que se assemelha a um “sequestro digital”. Os dados de uma empresa são invadidos e criptografados por criminosos, que cobram um valor de resgate pela liberação das informações — normalmente, na casa dos milhões de reais.

Quando isso acontece, as companhias que têm seguro cibernético recorrem às suas coberturas para obter dinheiro para recuperar seus dados. Ocorre que para dar conta do número crescente de sinistros e dos valores cada vez mais altos dos resgates, as seguradoras precisaram aumentar o preço das apólices. Algumas, segundo Cox, até deixaram de assumir novos clientes nessa área.

Nos Estados Unidos, um sinal de que os seguros cibernéticos estão se tornando impagáveis foi dado pelo conglomerado de comunicação News Corp. A empresa, detentora do Wall Street Journal e de outros veículos de mídia, foi alvo de um ciberataque em janeiro deste ano. Na ocasião, a companhia disse que “não pode ter certeza de que seu nível atual de seguro ou a amplitude de seus termos e condições continuarão disponíveis em termos economicamente razoáveis”.

Na visão dos especialistas, os preços só irão baixar se o número de sinistros cair, o que depende basicamente de dois fatores: investimento em medidas de segurança mais robustas pelas empresas e o combate a organizações criminosas pelos governos. “Se a criminalidade digital continuar sem controle, os seguros se tornarão insustentáveis”, alerta Cox.

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