Desenvolvidas a partir da tecnologia de blockchain, as plataformas DeFi são baseadas em contratos inteligentes que fornecem serviços e produtos tipicamente associados ao sistema financeiro tradicional, como empréstimos e negociação de ativos. O volume de dinheiro transacionado nessas plataformas é impressionante. Segundo a ferramenta de monitoramento DeFi Pulse, o valor depositado em contratos inteligentes nesses ambientes subiu de 10,3 bilhões de dólares em janeiro de 2020 para 103 bilhões de dólares no último mês. Exorbitante, o crescimento acendeu um sinal amarelo dentro do Grupo de ação financeira contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo (conhecido também pela sigla FATF ou GAFI).
Na semana passada, o grupo intergovernamental reivindicou que os reguladores globais criem regras para supervisionar indivíduos que detêm, desenvolvem ou operam plataformas DeFi. De acordo com relatório da instituição, alguns projetos DeFi são mais centralizados do que seu marketing sugere e, portanto, poderiam seguir regras de combate à lavagem de dinheiro aplicáveis a provedores de serviços de ativos virtuais. “É bastante comum que os contratos inteligentes DeFi digam ser descentralizados, mas, na verdade, uma pessoa controla ou influencia a operação. Por isso, é importante que os reguladores definam esses contratos corretamente”, pontua o relatório.
Falhas de segurança
O FATF também chamou a atenção para a pouca segurança dessas plataformas. De fato, elas já sofreram diversos ataques hackers. O último aconteceu na quarta-feira, dia 27, e causou um rombo de 130 milhões de dólares no serviço de empréstimos Cream Finance. Em agosto, a vítima foi a plataforma de criptomoedas Poly Network, que viu 600 milhões de dólares evaporarem de repente.
Além dessa fragilidade, os sistemas DeFi são suscetíveis a falhas operacionais causadas por códigos mal feitos. Neste ano, a DeversiFi fez erroneamente um depósito de 24 milhões de dólares, que, originalmente, deveria ser de 100 mil dólares. Cada vez mais comuns, esses casos indicam que esse mercado precisa mesmo de supervisão.
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