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Declínio de bancos e IPOs preocupam CEO do JP Morgan
Em carta anual aos acionistas, Jamie Dimon aborda transformações nos mercados financeiro e de capitais americano
Declínio de bancos e IPOs preocupam CEO do JP Morgan
O número de empresas listadas em bolsas americanas caiu drasticamente nas últimas décadas — passou do ápice de 7.300 em 1996 para cerca de 4.800 nos dias atuais | Imagem: freepik

Um dos nomes mais admirados do mercado financeiro, Jamie Dimon, CEO e presidente do conselho do JP Morgan, publicou na última segunda-feira, dia 4, sua carta anual aos acionistas. No texto, o executivo mostrou apreensão com a perda de relevância dos bancos e das companhias abertas americanas no sistema financeiro global. 

A percepção em Wall Street de que os grandes bancos estão em declínio não é recente. Mas o fato de Dimon enfatizar esse aspecto em sua carta é notório — e um sinal de que esse movimento vem ganhando força de forma acelerada e contundente. “As grandes companhias de tecnologia, que já operam de forma 100% digital, tem centenas de milhões de clientes e grande quantidade de fontes de dados e de sistemas — isso dá a elas uma grande vantagem competitiva”, escreveu o CEO. 

Como exemplo, ele cita o caso da Apple. Além dos seus serviços já consolidados de pagamentos, como Apple Pay e Apple Card, a empresa criadora do iPhone vem ampliando sua área de atuação na indústria financeira e incluindo serviços de processamento de pagamentos, análise de risco de crédito e crediário. Varejistas tradicionais também estão entrando no jogo. Um exemplo é o Walmart, que está aproveitando sua base de mais de 200 milhões de clientes por semana para oferecer serviços bancários. 

E a expectativa é que a competição no setor continue acirrada com o avanço e o surgimento de novas fintechs e neobancos, nome dado às instituições financeiras que já nasceram no mundo digital. Diante desse cenário, Dimon “espera ver muitas fusões entre os mais de 4 mil bancos dos Estados Unidos e fintechs”.


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Menos companhias abertas

O mercado de capitais americano igualmente passa por transformações importantes. O número de empresas listadas em bolsas americanas caiu drasticamente nas últimas décadas — passou do ápice de 7.300 em 1996 para cerca de 4.800 nos dias atuais. As causas da queda não são totalmente conhecidas, mas Dimon acredita que a cobrança “implacável” do mercado por lucros trimestrais e o crescente escrutínio dos investidores sobre as companhias abertas podem ajudar a explicá-la. 

Para escapar da pressão dos investidores, muitas empresas têm optado por captar recursos privadamente, o que justifica o crescimento do setor de private equity e venture capital. A quantidade de fundos destinados a esse tipo de investimento aumentou substancialmente de 1990 para cá, passando de 1.600 para 10.100. O problema dessa escolha, pondera o CEO, é que ela gera uma redução na transparência dos negócios, além de diminuir as chances de os investidores — nacionais e estrangeiros — participarem do crescimento das empresas americanas.

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