A oferta gerou sucessivas polêmicas. A Dasa era uma companhia de capital pulverizado até 2014, quando o empresário Edson Bueno, em conjunto com sua ex-esposa, assumiu o controle por meio da Cromossomo. A tomada do poder gerou no mercado a desconfiança de que seu objetivo era, na verdade, fechar o capital da companhia. A ideia ganhou força com a oferta. Para sair do Novo Mercado, Bueno é obrigado a fazer uma OPA a todos os demais acionistas – e quanto mais investidores aderirem, menor será a liquidez dos remanescentes.
Diante do desconforto, em março do ano passado o conselho de administração da Dasa pediu à Cromossomo esclarecimentos sobre a proposta. Sem os fundamentos, o board não convocaria a assembleia solicitada pelo controlador. Bueno explicou que a listagem no segmento tradicional daria mais flexibilidade à estrutura de capital. O negócio prosseguiu, mas com um debate adicional. A votação pela saída do Novo Mercado contou com o decisivo voto de Bueno. Acionistas, dentre eles a Petros, questionaram a legalidade do voto.
A votação foi considerada legal e, agora, com a ratificação do conselho de administração, Bueno está bem próximo de concretizar a OPA. Antes mesmo de seu encerramento oficial, o caso já deixa algumas marcas no mercado. A principal é a constatação de que uma empresa abandonar os níveis diferenciados de governança corporativa da BM&FBovespa, ainda que sob protestos, é bem mais fácil do que muitos investidores gostariam.
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