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Agência de rating acusa empresas de moralwashing ao tratar de Rússia
Organização britânica alerta para tentativas de camuflar inação no país em guerra
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Das 114 empresas ativas na Rússia quando a Ucrânia foi invadida, apenas sete (6%) deixaram totalmente o país, segundo a MRA. | Imagem: Freepik

Após a cruel invasão da Ucrânia pelas tropas russas, empresas de todo o mundo anunciaram intenções de deixar o país governado por Vladimir Putin. Um relatório divulgado recentemente, no entanto, revela que muitas empresas que se comprometeram a parar de fazer negócios na Rússia não cumpriram suas promessas.


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Para chegar a essa conclusão, a organização britânica Moral Rating Agency (MRA) avaliou as 200 maiores empresas do mundo. Das 114 ativas na Rússia quando a Ucrânia foi invadida, apenas sete (6%) deixaram totalmente o país, segundo a organização. Já 63 — o equivalente a 55% da amostra — ficaram no meio termo, parando apenas, em parte, de fazer negócios na região. “Muitas companhias afirmam que cortaram os laços com a Rússia, mas na verdade continuam com algumas atividades no local, não cumprindo suas promessas. Elas estão praticando moralwashing”, ressalta a organização britânica.

Em seu relatório, a Moral Rating Agency observa que há empresas que disseram que sairiam do país, mas mantiveram prédios e funcionários na Rússia, para agilizar uma possível reentrada no mercado. Outras criaram exceções “humanitárias” para continuar comercializando determinados produtos (como a Nestlé e a PepsiCo, que ainda vendem leite no país) ou se comprometeram a alienar ativos ou suspender atividades, mas não fixaram um prazo para fazer isso (caso do Citigroup).

Há ainda companhias que anunciaram publicamente que estavam suspendendo suas operações na Rússia, mas convenientemente omitiram que manteriam atividades que são menos evidentes para os consumidores. Uma empresa que teria feito isso, de acordo com a MRA, é a Apple. Em março, a empresa fundada por Steve Jobs anunciou que pausaria as vendas de produtos e o funcionamento do Apple Pay na Rússia — um movimento que lhe rendeu, inclusive, uma ação coletiva de consumidores no país. Entretanto, sem dar qualquer satisfação a respeito, a Apple continuou importando ouro da Rússia, um material essencial para os seus produtos, critica a organização.

“A Rússia se tornou uma batata quente tão grande que as empresas estão praticando moralwashing para esconder sua inação”, afirmou Mark Dixon, fundador da MRA, à Fast Company. De acordo com ele, quando admitem que não se retiraram totalmente do país como haviam prometido, as empresas são “magistrais” em inventar desculpas. “Eu gostaria que elas gastassem tanta energia deixando a Rússia completamente quanto gastam fingindo que já o fizeram”, alfineta.

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