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A atuação da BlackRock nas assembleias de 2021
Ray Cameron, head de stewardship da BlackRock na América Latina, detalha como a gestora tem se posicionado em temas desafiadores
  • Paula Lepinski
  • maio 14, 2021
  • Gestão de Recursos, Relações com Investidores, Reportagens
  • . conselho de administração, ESG, stewardship, impacto social, economia de baixo carbono, Plano de remuneração
A atuação da BlackRock nas assembleias de 2021

“Conselhos de administração podem ser uma vantagem competitiva para uma companhia — ou exatamente o contrário”, diz Cameron | Imagem: freepik

Os acontecimentos do último ano, com a pandemia afetando ativos e negócios de uma maneira sem precedentes, intensificaram as luzes sobre o recorte ESG no mercado de capitais. Como indicou Larry Fink, CEO da BlackRock, em sua carta de 2021 aos CEOs, o mundo vive “o início de uma longa, mas acelerada transição em direção aos investimentos sustentáveis”. 

E a maior gestora do mundo, com 9 trilhões de dólares em ativos, de fato vem adotando uma postura mais incisiva em questões ESG nas assembleias das empresas investidas, com ênfase cada vez maior em questões ambientais em geral e climáticas em particular. No primeiro trimestre de 2021, a BlackRock votou contra a indicação de 53 conselheiros e propostas da administração de 47 companhias em razão de preocupações relacionadas ao clima. Em contrapartida, apoiou 75% das propostas ligadas a questões sociais e ambientais levadas às assembleias. De 992 encontros dos quais a gestora participou entre 1º de janeiro e 31 de março deste ano, 712 abordaram tópicos relacionados ao risco climático, um aumento de 52% em comparação a igual período de 2020. 

Na atual temporada, iniciada em abril e com término previsto para junho, a BlackRock já se posicionou, por exemplo, contra o pagamento de executivos da GE Corp. e pressionou para a aprovação de um relatório sobre poluição por plásticos na Dupont. 

Em entrevista exclusiva para a CAPITAL ABERTO, Ray Cameron, head de stewardship na BlackRock América Latina, detalha as prioridades para 2021 da BlackRock Investment Stewardship (BIS) e explica o que tem orientado os votos da gestora. 

Composição e diligência de conselhos na lista de prioridades 

“Conselhos de administração podem ser uma vantagem competitiva para uma companhia — ou exatamente o contrário. Por isso, precisamos entender como o board avalia o próprio desempenho e a eficiência de suas decisões. Os conselheiros devem demonstrar habilidades e conhecimentos mínimos para execução das estratégias de longo prazo, e muitos ainda deixam a desejar nesse quesito. É bastante positivo encontrar nas companhias estruturas de governança que melhorem o accountability dos conselhos e que promovam a renovação regular dos membros. Um dos elementos centrais na avaliação feita pela BIS é a composição dos conselhos; queremos ver diversidade entre os integrantes e entender quais ações estão sendo adotadas para se atingir esse objetivo. Se um conselho é considerado pouco diversificado pela equipe da BIS, vamos recomendar que a equipe de gestores de recursos da BlackRock vote contra os conselheiros no comitê de nomeação, porque isso demonstra uma falta de comprometimento com a eficácia do board.” 

Rumo à economia de baixo carbono 

“A cada ano a BlackRock espera mais das companhias em relação aos riscos climáticos e ambientais. Não podemos ignorar o enorme risco financeiro que esse fator representa no longo prazo. Buscamos companhias engajadas em limitar o aquecimento global a 2°C e em zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050. Também queremos ver relatórios de sustentabilidade baseados no framework do TCFD [Task Force on Climate-related Financial Disclosures], principalmente das empresas que hoje mais emitem carbono. A transição energética global cria oportunidades únicas, e as companhias não devem ignorá-las. Caso contrário, perderão espaço — e o nosso apoio.” 

Estratégia, propósito e resiliência financeira em tempos de pandemia 

“Não só a BlackRock, mas todos os investidores esperam que os conselhos de administração estejam 100% engajados com a diretoria no desenvolvimento e na implementação de estratégias de criação de valor. A pandemia de covid-19 mostrou o quanto é imprescindível que as companhias sejam capazes de se adaptar a circunstâncias inesperadas. Como investidores, precisamos entender as metas de longo prazo das empresas e como elas respondem a novos desafios. De que forma diferentes ambientes de negócios podem afetar a alocação de recursos das companhias? É fundamental que elas apresentem planos estratégicos e que antecipem possíveis mudanças nas áreas de investimento, pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e retorno aos acionistas. Também reforçamos a necessidade de delinearem um propósito corporativo claro que oriente a estratégia de longo prazo, o que pode aumentar o engajamento dos funcionários, fidelizar clientes e conquistar o apoio de outros stakeholders fundamentais para os negócios. É uma vantagem competitiva ainda pouco explorada.” 

Incentivos alinhados com geração de valor 

“Esperamos que uma parcela significativa da remuneração dos executivos esteja vinculada aos retornos de longo prazo da empresa, como o retorno ao acionista num período de três a cinco anos ou o retorno sobre o capital investido, em oposição aos aumentos de curto prazo nos preços das ações da companhia. As métricas utilizadas para se estimar os valores dos bônus em planos de incentivo devem ser justificadas. Normalmente, procuramos nos envolver com conselheiros independentes se as explicações publicadas por uma empresa parecerem insuficientes e votamos contra a eleição de membros do comitê de remuneração em casos nos quais uma empresa não demonstrou a conexão entre estratégia, plano de incentivos e geração de valor para o acionista no longo prazo.”  

Preocupação com impacto social 

“Nossos clientes serão beneficiados se as empresas obtiverem sucesso na geração de valor sustentável e duradouro para todos os stakeholders. Nossa experiência nos ensinou que empresas que constroem relacionamentos positivos com as partes interessadas são mais propensas a atingir seus próprios objetivos — enquanto um relacionamento ruim expõe a companhia a riscos legais, regulatórios, operacionais e de reputação. Neste ano estamos priorizando o engajamento com empresas que infringiram as normas internacionais estabelecidas pelos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Negócios e Direitos Humanos (UNGPs) e as linhas diretrizes da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] para empresas multinacionais. O foco principal da BIS agora está nas empresas que passaram por sérias controvérsias, para avaliarmos a supervisão do conselho, a devida diligência e os esforços de remediação.” 

 

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