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Mercado vê espaço para mais aberturas de capital
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Até o dia 23 de março, o placar do ano no mercado de capitais computava dois gols a favor dos IPOs. O primeiro foi marcado em fevereiro pela locadora de veículos Movida, controlada da JSL, que levantou R$ 645 milhões com a sua oferta inicial de ações. Quatro dias depois foi a vez da empresa mineira de diagnósticos médicos Hermes Pardini estrear na bolsa, captando R$ 877,68 milhões. E mais um gol teria sido marcado, não fosse a trave. A locadora de veículos Unidas desistiu de sua oferta em fevereiro, alegando condições desfavoráveis de mercado. Os mais otimistas, contudo, acreditam que o caso foi exceção. “Neste ano e no próximo, a perspectiva é bem melhor para as companhias que quiserem abrir o capital”, opina Paulo Funchal, sócio da consultoria Grant Thornton. Ele foi um dos participantes do Grupo de Discussão Governança em Cias. Fechadas, realizado no dia 14 de março, em São Paulo.

Diretor da Advent do Brasil, Rafael Patury informa que a gestora de private equity vem preparando algumas empresas para esse processo. “Provavelmente nos próximos meses vamos ter uma ou duas companhias em que somos investidores abrindo o capital”, estima Patury. Mas quais características a empresa precisa ter para ser bem-sucedida no seu ingresso na bolsa? “Bons controles, boas informações gerenciais, boa contabilidade e um modelo de gestão que funcione”, resume Adolpho Souza Neto, CFO e RI do Grupo Fleury, que lançou ações na bolsa em 2009.

Para Jean Arakawa, sócio da área de mercado de capitais do Mattos Filho Advogados, a empresa precisa também estar preparada para lidar com uma cultura de transparência e prestação de contas. “Quando a empresa abre o capital, ela se insere numa cultura em que as informações sobre ela valem dinheiro”, ressalta Arakawa. “Nem toda companhia tem noção disso.”

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Com objetivo de ajudar as empresas a montar um plano de ação para a abertura de capital, a BM&FBovespa promove periodicamente programas de mentoria com empreendedores. Nesse processo, é possível inclusive que a companhia descubra que esse não é o melhor caminho para financiar seu crescimento. “Há várias formas de uma empresa acessar o mercado de capitais além da bolsa”, observa Cristiana Pereira, diretora comercial e de desenvolvimento de empresas da BM&FBovespa. Segundo ela, a retomada das ofertas de ações deve contemplar emissores de portes diversos. “Talvez o processo comece com empresas mais consolidadas fazendo ofertas subsequentes, mas depois poderemos ver também emissões de empresas menores”, afirma Cristiana.

Na fila de candidatas a IPO está a Eduinvest, empresa que administra e tem participação em escolas do ensino básico. A companhia planeja fazer uma oferta “no médio prazo”. “O projeto da Eduinvest já nasceu com conselho de administração, para estimular a governança e a transparência. “A ideia de abrir o capital, de deixar algo, é sedutora. Essa é uma meta para mim”, afirma Marco Gregori, CEO da Eduinvest.

Apesar desse apelo, o ingresso na bolsa não é para qualquer um, alerta Funchal, da Grant Thornton. “A abertura de capital não é um projeto de anos, é um projeto de vida. O empresário que compara tomar recursos no BNDES com abrir o capital não deve fazer um IPO”, aconselha.

 

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