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Defensor de novas eleições, Giannetti teme acordo contra a Lava Jato
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

No domingo, dia 17 de abril, a Câmara dos Deputados aprovou por 367 votos favoráveis (137 contrários) o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista à capital aberto, o economista e cientista político Eduardo Giannetti afirma não ver um golpe em curso, mas tampouco é simpático ao impedimento de Dilma. “Eu preferiria um cenário de novas eleições via TSE [Tribunal Superior Eleitoral], mas não havia tempo hábil para isso e chegou-se a um impasse”, observa. Seu principal receio é que um eventual acordo negociado nos bastidores do impeachment limite as investigações da Lava Jato. “Isso me preocupa muito. Tudo o que o Brasil não precisa é perder a crença nas suas instituições e na Justiça.”

O Brasil que veremos até 2018, diz o economista, vai depender do início do mandato-tampão de Michel Temer. “Haverá um choque positivo de confiança, e esse será o momento de tentar aprovar reformas mais corajosas, como as que envolvem a previdência e os direitos trabalhistas”, diz. “Agora, se Temer se enfraquecer rapidamente, a chance é grande de caminharmos para mais uma crise de governabilidade. Principalmente se considerarmos os efeitos imponderáveis da Lava Jato, provavelmente atingindo figuras da cúpula do PMDB.”

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As eleições de 2018, em sua visão, vão depender essencialmente do que acontecerá com Temer até lá. “Um governo dele bem-sucedido torna uma candidatura Serra [José Serra-PSDB] muito viável, por exemplo”, afirma. As chances também serão boas para uma candidatura “fora do esquemão” — e, nesse grupo, ele observa que Marina Silva é o nome mais bem posicionado, por já ter participado de eleições e contar com o reconhecimento do eleitorado. Giannetti é grande admirador da ex-senadora, a quem vem auxiliando nos temas econômicos. “Marina é alguém que vem de condição social muito adversa, abriu todas as portas na vida com a educação e é reconhecida por sua liderança”, define. “Estou à disposição para ajudar no que ela precisar, mas jamais aceitaria um cargo público. Não tenho perfil para isso”, enfatiza.


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