Retorno do private equity é ameaçado por shadow capital, dizem investidores
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Para 64% dos investidores institucionais que aplicam em private equity, formas de investimento alternativas vão prejudicar os retornos desses fundos, o que faz o chamado “shadow capital” emergir como um dos principais concorrentes das gestoras. A conclusão está no levantamento Global Private Equity Barometer 2016, produzido pela Coller Capital, firma especializada em investimentos secundários no mercado de capital de risco. A pesquisa ouviu 110 investidores.

É cada vez mais comum os investidores formarem grupos para coinvestir em um ativo ou mesmo para aportar recursos diretamente nas companhias que lhe interessam. Esse conjunto de alternativas de investimento entra no guarda-chuva do shadow capital — termo que, de forma geral, designa transações financeiras que acontecem à margem de bancos e fundos regulados, mas que não são ilegais. A pesquisa da Coller Capital dá indícios da razão por que essa forma de investimento vem ganhando força: 63% dos entrevistados disseram que seus coinvestimentos tiveram performance melhor que a dos fundos de private equity em geral.

A pesquisa também mostrou que 69% dos investidores institucionais acreditam que a imprevisibilidade e a volatilidade do mercado têm tornado mais difícil tomar decisões de investimento. Porém, apesar da atratividade do shadow capital e da cautela diante dos prognósticos econômicos, a maioria (79%) não pretende mudar a estratégia de investir por meio de fundos de private equity nos próximos dois anos, enquanto 9% planejam aumentar os recursos destinados a esse tipo de veículo.

Os achados da pesquisa da Coller convergem com os dados publicados em novembro de 2015 pela Triago e abordados na edição 14 de SELETAS. De acordo com a firma especializada em assessoria para fundos de private equity, o valor captado por meio de shadow capital em 2015 subiu cerca de 155%, de uma média anual de US$ 63 bilhões entre 2009 e 2014 para US$ 161 bilhões. Já a captação dos fundos de private equity somou US$ 468 bilhões no ano passado, montante 57% superior à média obtida nos cinco anos anteriores (US$ 298 bilhões).


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