Companhias listadas na Bolsa de Valores de Londres devem seguir as recomendações da Taskforce on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) para divulgar os impactos das mudanças climáticas em seus negócios. A medida entra em vigor a partir de 1o de janeiro de 2021, segundo anúncio feito pelo Financial Conduct Authority (FCA), regulador do mercado de capitais britânico, na última segunda-feira, dia 9.
De acordo com Nikhil Rathi, chefe-executivo do FCA, este é apenas o primeiro passo rumo a uma maior transparência sobre mudanças climáticas por parte das empresas. “Nosso objetivo é que as recomendações da TCFD sejam complementadas com relatórios padronizados de clima e sustentabilidade mais detalhados, que promovam consistência e comparabilidade”, destacou durante conferência do Green Horizon Summit.
Pratique ou explique
A novidade será introduzida com base no princípio do “pratique ou explique” — ou seja, as companhias deverão dizer publicamente se cumprem ou não as recomendações da TCFD. Incialmente, apenas emissoras de ações listadas no segmento premium da Bolsa de Valores de Londres, que exige os mais altos padrões de governança corporativa do Reino Unido, deverão fazer o reporte. Esse grupo representa dois terços da capitalização de mercado de companhias listadas na bolsa londrina, valor que chega a 1,9 trilhão de libras.
“Também iremos debater no primeiro semestre de 2021 a extensão do escopo dessas regras para outras empresas listadas e para gestores de recursos, seguradoras e provedores de pensão”, afirma Rathi.
Em declaração dada ao parlamento, Rishi Sunak, ministro de finanças do Reino Unido, destacou que planeja tornar os requisitos de divulgação da TCFD obrigatórios para todos os setores da economia até 2025.
A COP 26 e a economia “carbono zero”
Ao tornar obrigatória a divulgação de impactos climáticos para várias organizações no Reino Unido, o governo britânico pretende aumentar a transparência sobre os riscos e as oportunidades geradas pelas mudanças climáticas em toda a cadeia de investimento. Espera-se que a medida encoraje a alocação de recursos em projetos e atividades mais sustentáveis.
Como anfitrião da próxima cúpula sobre o clima (COP 26) em 2021, o Reino Unido busca assumir liderança internacional sobre o tema e criar sua própria agenda climática, com o objetivo de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050.
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