No terceiro trimestre deste ano, foram fechados 1.983 negócios entre empresas e fundos de venture capital na Ásia, na América do Norte e na Europa, totalizando US$ 24,1 bilhões em investimentos. É o que mostra estudo elaborado pela KPMG em parceria com a provedora de dados da indústria de capital de risco CB Insight e divulgado com exclusividade para SELETAS. O montante parece alto, mas é o mais baixo desde o terceiro trimestre de 2014, quando havia atingido US$ 22 bilhões.
De acordo com Arik Speier, diretor de tecnologia da KPMG em Israel, os investidores têm capital para investir, mas estão hesitantes — e é provável que a desaceleração se repita no último trimestre deste ano. O estudo indica como causas do fenômeno as incertezas políticas criadas pela provável saída do Reino Unido da União Europeia e pela conturbada eleição presidencial nos Estados Unidos.
Outra tendência é a busca por diversificação por parte de investidores asiáticos. Eles estão investindo mais em outros países e continentes. O governo chinês estimula esse tipo de movimento, que faz parte de seu projeto para tornar a economia da China menos dependente da produção industrial e mais ligada ao conceito de inovação tecnológica.
Além disso, segundo o estudo, os unicórnios (startups com valuation superior a US$ 1 bilhão) vêm se tornando mais raros. No terceiro trimestre, apenas oito atingiram esse status, o que reflete a cautela do mercado na hora de avaliar ativos — evita-se atribuir valores irrealistas às companhias.
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