A falta de empresas de tecnologia interessadas em assumir a tarefa e a burocracia está por trás da demora para a criação do Consolidate Audit Trail (CAT) nos Estados Unidos. Trata-se de um sistema de monitoramento de negociações em tempo real capaz de evitar movimentos abruptos de mercado provocados por negociações de alta frequência (HFT, na sigla em inglês).
A ideia da criação do CAT surgiu em 2010, após o episódio que ficou conhecido como flash crash: em 6 de maio daquele ano, por causa de um gigantesco número de ordens de compra e venda feitas por algoritmos, o índice Dow Jones desabou 9% em poucos minutos. Desde então, dez órgãos e entidades relevantes do mercado americano — como as bolsas Nyse e Nasdaq, a reguladora Securities and Exchange Commission (SEC) e autorreguladora da indústria de fundos Finra — vêm se debruçando sobre o projeto.
De acordo com o Wall Street Journal, no início de 2015 uma empresa de tecnologia finalmente havia aceitado a oferta, feita pela SEC, para desenvolver o programa. No meio do ano, a companhia desistiu do projeto — que, afirmam especialistas, é complexo e caro. A SEC ainda não estabeleceu a forma de pagamento dos US$ 500 milhões necessários para o desenvolvimento do sistema.
A burocracia também emperra o CAT. O jornal verificou que a SEC demorou cerca de um ano apenas para aprovar duas mudanças em suas regras internas: uma para permitir que as organizações coordenadoras se declarem impedidas de votar em situações de conflitos de interesse e outra para liberar ao grupo os pedidos de novas ofertas para as empresas participantes da competição.
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