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Alemanha é o novo alvo de investidores ativistas
Ilustração: Rodrigo Auada

Ilustração: Rodrigo Auada

Estados Unidos, Reino Unido e Canadá são países em que com frequência investidores ativistas compram ações (e brigas) para mudar a gestão das companhias. Agora, esse tipo de acionista vem se popularizando também na Alemanha, reporta a IR Magazine.

Dados do Activist Monitor revelam que, entre 2010 e agosto deste ano, 27 empresas alemãs foram alvo de campanhas ativistas — no Reino Unido, para se ter uma ideia, esse número chegou a 147 no período. O ativismo na Alemanha, contudo, tende a aumentar — e com uma particularidade, observa Kim Bommer, presidente da associação alemã de relações com investidores (Dirk, na sigla em inglês). Em caso de insatisfação, afirma ele, é possível que os acionistas não peçam a saída do chairman ou do CEO, como de costume, mas do presidente do conselho de supervisão.

Na Alemanha, as companhias têm dois conselhos: um de administração, responsável pela tomada de decisões, e um de supervisão, órgão consultivo que geralmente inclui membros não independentes, como representantes dos funcionários e dos controladores. Segundo Bommer, os acionistas têm percebido que o conselho de supervisão é mais do que um espaço reservado aos velhos fundadores da companhia, e sim um lugar privilegiado, com importante influência sobre o board. Por isso, se a empresa está indo mal, esse órgão pode ter uma parcela significativa de culpa.

Com essa ideia em mente, em julho deste ano a gestora alemã Active Ownership Capital (AOC) começou uma batalha contra a fabricante de medicamentos Stada. Aborrecida com os fracos resultados da empresa, a gestora pediu a substituição do presidente do conselho de supervisão — empreitada na qual foi bem-sucedida.


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