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Poison pills são alvo de debates no Japão

Uma disputa entre duas empresas do setor de papel e celulose após uma tentativa de aquisição hostil pode incitar a definição de novas regulamentações sobre o uso de poison pills no Japão. Em 2 de agosto, a Oji Paper, maior empresa japonesa de papel, lançou uma oferta de aquisição hostil pela Hokuetsu Paper, a sexta maior do país no setor, com um prêmio de 34% sobre o preço médio das ações nos 30 dias anteriores à oferta. No dia seguinte, o conselho de administração da Hokuetsu, composto exclusivamente por executivos da empresa, rejeitou a oferta da Oji Paper e anunciou, simultaneamente e sem a aprovação dos seus acionistas, o lançamento e a venda de 50 milhões de novas ações ao banco Mitsubishi com um desconto em relação ao preço de mercado na ocasião.

Como resultado, a instituição financeira passou a deter uma fatia de 24,4% na Hokuetsu, tornandose o maior acionista da empresa e diminuindo as chances da Oji atingir seu objetivo de deter a maioria das ações. Segundo os gestores da Hokuetsu, a imediata captação de recursos foi necessária para expansão da sua capacidade produtiva. Adicionalmente, a Nippon Paper Group, segunda maior empresa do setor do país, também comprou cerca de 10% das ações da Hokuetsu como forma de dificultar a aquisição pela Oji. Os executivos da Hokuetsu propuseram uma aliança com a Nippon Paper e com o banco Mitsubishi visando a evitar a aquisição hostil.

O movimento é considerado a primeira batalha de aquisição hostil entre duas empresas japonesas, principalmente em um país em que o consenso e a negociação (e não o apelo direto aos acionistas) geralmente definem todos os acordos de negócio. A oferta seria válida até 4 de setembro, porém, dificilmente teria sucesso. Caso se concretizasse, a Oji passaria a ser a quinta maior produtora mundial de papel.

A legalidade do emprego das pílulas envenenadas deixa os investidores à espera de novas diretrizes dos órgãos reguladores e do sistema judiciário. Um precedente já foi aberto em 2005, com a decisão da corte do distrito de Tóquio de obrigar a empresa de equipamentos Nireco a retirar sua poison pill, que havia sido autorizada pelo conselho de administração sem aprovação dos acionistas. O Ministério da Economia chegou a sugerir que essas pílulas de defesa fossem criadas em períodos de calmaria, para evitar que fossem disparadas contra compradores específicos.


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