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Pesquisa aponta falhas e lições do caso Royal Ahold

Um recente estudo de quatro pesquisadores da Universidade Erasmus, de Roterdã (Holanda), apresenta em detalhes como problemas de governança corporativa levaram a Royal Ahold, uma das maiores empresas do mundo do setor de supermercados nos anos 90, ao colapso em 2003. A Ahold chegou a ser chamada de “Enron européia”, desmistificando na época a idéia de que os problemas de governança corporativa estavam ligados apenas ao mercado americano e a sua alegada pressão excessiva sobre os gestores por resultados de curto prazo.

O estudo mostra que a ausência de mecanismos de supervisão internos e externos permitiu aos executivos da companhia levar adiante uma estratégia de crescimento agressiva baseada em aquisições. Ao perceberem que essa estratégia tinha se comprovado equivocada, os executivos lançaram mão de uma série de fraudes contábeis que levaram à perda da confiança dos investidores e ao seu conseqüente colapso financeiro.

Caso a companhia tivesse bons mecanismos internos de supervisão, como um conselho ativo e independente, ou mecanismos externos eficientes, como o monitoramento de grandes investidores, a estratégia poderia ter sido repensada e os problemas, evitados. Entretanto, o estudo mostra que os executivos da empresa utilizaram a estrutura legal existente para manter o controle absoluto da companhia mesmo após a entrada de grandes investidores institucionais.

Esses investidores receberam ações sem direito a voto, motivo pelo qual a empresa passou a ter uma estrutura societária dispersa cujo controle efetivo era exercido pelos seus gestores. Como tinham um percentual muito baixo de ações da companhia, os pacotes de remuneração (decididos pelos próprios executivos) se baseavam em metas de lucros, motivando-os a perseguirem o crescimento ao invés do valor de longo prazo para seus acionistas.

O estudo mostra ainda que, após o colapso, a Ahold passou a adotar as melhores práticas de governança recomendadas: criação do cargo de diretor de governança, substituição de quase todos os conselheiros anteriores, maior concessão de direitos aos acionistas (que passaram a ter voz nas assembléias e direito de voto em decisões relevantes) e aprimoramento dos controles internos e externos.

 


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