A agência de pesquisa e rating de governança corporativa Governance Metrics International (GMI) anunciou em meados de setembro o resultado da sua avaliação sobre a qualidade da governança corporativa de 3.200 companhias em todo o mundo. O sistema de rating utilizado pela empresa atribui nota de zero a dez pontos para cada empresa, com base em seis grandes categorias de análise: prestação de contas do conselho de administração, controles internos e transparência financeira, pacote de remuneração dos executivos, direitos dos acionistas, estrutura de propriedade e provisões contra aquisições hostis. Este foi o sexto ciclo geral de avaliação da agência ao longo de três anos.
O estudo revelou três resultados principais: 1) as empresas com piores ratings de governança apresentaram maior risco e pior desempenho de mercado do que as com melhores ratings; 2) as empresas com estrutura de propriedade concentrada apresentaram piores práticas de governança do que aquelas com estrutura de propriedade dispersa; 3) todas as empresas com pontuação máxima (nota 10,0) eram de países anglo-saxões.
Em relação ao primeiro resultado, a GMI construiu dois grupos de empresas: aquelas que tiraram nota maior que 9,0 e menor que 3,0 em pelo menos quatro dos seis ciclos de avaliação. Na seqüência, a agência observou importantes diferenças entre os dois grupos.
As empresas com boas práticas de governança tinham probabilidade menor de terem que refazer as demonstrações financeiras (5,7% contra 44,8% das empresas com más práticas), de estarem sujeitas a investigações contábeis (1,4% contra 31%), e de serem consideradas culpadas por fraudes contábeis (1,4% contra 38%). O estudo contatou também que as empresas com boas práticas de governança fazem menos transações com partes relacionadas (24,6% contra 69,0%), emitem múltiplas classes de ações com freqüência menor (2,9% contra 72,4%) e possuem maior proporção de conselheiros independentes nos seus conselhos (82% contra 56%). Por fim, as empresas do grupo com maior rating apresentaram um retorno total anual médio para seus acionistas de 15,9% no período de três anos, contra 8,7% no mesmo período das empresas com más práticas. Para fins de comparação, o retorno médio da S&P 500 foi de 11,9%.
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