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Altos executivos colecionam multas e prisões nos EUA

Um balanço de 2005 o fará ser lembrado no ambiente corporativo norte-americano como o ano dos julgamentos e punições para os altos executivos envolvidos em fraudes recentes. Empresas como WorldCom, Adelphia e Tyco tiveram seus principais executivos condenados a penas severas.

A maior delas foi aplicada ao ex-CEO da WorldCom, Bernard Ebbers, condenado a 25 anos de prisão por arquitetar uma fraude contábil de US$ 11 bilhões na antiga gigante do setor de telecomunicações. Como Ebbers tem 63 anos e um histórico de problemas cardíacos, a pena foi considerada pela imprensa como equivalente a uma prisão perpétua.

Outra pena severa – 15 anos de prisão – foi aplicada a John Rigas, fundador da operadora de TV a cabo Adelphia. Rigas, de 85 anos de idade. Na mesma sentença, seu filho Timothy, ex-CFO da companhia, pegou outros 20 anos. Um terceiro exemplo veio com o ex-CEO da Tyco Dennis Kozlowski, considerado um dos ícones do período de esbanjamento financeiro dos executivos norte-americanos. Conhecido por suas festas generosas, e excentricidades como adquirir uma cortina para seu chuveiro por US$ 6.000, irá passar o final do ano em uma penitenciária de segurança máxima. Ao lado do antigo CFO da companhia, Kozlowski não deve sair da prisão antes de oito anos. Mas a pena pode ser estendida a até 25 anos em função do rombo de US$ 600 milhões que os dois causaram à empresa. Em outro caso menos divulgado, Kirk Shelton, antigo vice-presidente da Cendant Corporation, foi condenado a dez anos por seu papel em um escândalo contábil que custou aos investidores mais de US$ 3 bilhões.

Além dos executivos, o ano também ficou marcado por acordos milionários e multas severas aplicadas a conselheiros e agentes de mercado ligados a essas empresas. No caso da WorldCom, um acordo fez com que diversos bancos de investimento e ex-executivos pagassem US$ 6,1 bilhões de dólares, a serem divididos entre os 830 mil investidores e instituições que perderam dinheiro com a fraude. Este acordo incluiu US$ 25 milhões a serem pagos pelos exconselheiros da companhia com recursos próprios. No caso Enron, os bancos de investimento e exconselheiros se comprometeram a pagar US$ 7 bilhões aos investidores. Desses, US$ 10 milhões saíram do bolso de dez ex-conselheiros.

E a temporada de multas e punições não vai se restringir a 2005. No dia 17 de janeiro terá início o julgamento do fundador da Enron, Kenneth Lay, e de dois ex-executivos, o antigo CEO Jeffrey Skilling e o antigo CAO Richard Causey. O caso Enron é considerado o mais complexo de todos e vem ocupando a atenção de toda mídia, principalmente após Lay ter decidido se defender publicamente por meio de recentes aparições na TV e entrevistas.

Além do caso Enron, dois mais recentes estão na lista de possíveis julgamentos para 2006: o do ex-CEO da Refco Phillip Bennet, acusado de falsificar demonstrações financeiras no valor de US$ 583 milhões, e o do ex-CEO da AIG Maurice Greenberg, processado pelo procurador geral de Nova Iorque Eliot Spitzer sob acusação de ter enganado investidores e órgãos reguladores sobre a situação financeira da companhia.


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