O PAR é um número de zero a 100% que indica como a companhia se posiciona em relação aos pares do setor. Dessa forma, possibilita a identificação de empresas com práticas de remuneração muito dissonantes. Por exemplo, uma companhia com PAR de 23% indica que, na opinião da GMI, 77% das empresas do setor pos- suem um alinhamento melhor entre remuneração e desempenho do que a empresa em questão. Em outras palavras, um alto PAR indica um bom alinhamento, enquanto um baixo índice representa menor alinhamento e, conseqüentemente, problemas de governança corporativa. A agência de rating emite um sinal de alerta — red flag — para todas as companhias com PAR entre zero e 9,99%.

O sistema utiliza três variáveis principais: o retorno total para os acionistas (TSR – Total Shareholder Return), os gastos com remuneração do CEO (TDCE – Total Direct Compensation Expense) e a variação nos gastos com o CEO de um ano para outro. O TDCE envolve, além do salário-base, todas as formas de remuneração do executivo principal, como bônus, planos de ações e opções de ações.

A fórmula de cálculo é simples e baseada em dois fatores. Inicialmente, o sistema compara o retorno auferido pelos acionistas com a variação nos gastos com o CEO. Caso a empresa apresente alto TSR e baixa variação nos gastos com o CEO (ambos medidos em comparação aos pares), ela receberá um alto PAR. Se tiver baixo retorno relativo para os acionistas e significativo incremento de gastos com o CEO, terá o PAR reduzido. Na segunda etapa, o sistema compara o TSR com o valor absoluto do gasto total com o CEO (TDCE). As empresas com alto TDCE e reduzido TSR recebem nota de alinhamento menor, enquanto as com baixo TDCE e alto TSR incrementam o PAR.