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Acionistas da Google pedem fim das duas classes de ações

A Google, com ações listadas em bolsa desde agosto de 2004, irá enfrentar o primeiro questionamento acerca das suas práticas de governança. O fundo de pensão Bricklayers & Trowel, detentor de minúsculos 0,002% das ações da companhia, arquivou uma proposta a ser votada na próxima assembléia de acionistas em 11 de maio para que a Google desative sua estrutura acionária com duas classes de ações. De antemão, sabe-se que a medida não será aprovada, já que exigiria o apoio dos três controladores da companhia, que possuem cerca de 70% do poder de voto e se beneficiam da situação vigente.

A Google possui duas classes de ações, A e B. As ações da classe B são detidas pelos três controladores (também principais executivos da empresa) e possuem direito a 10 votos para cada ação, em comparação com um único voto atribuído a cada ação da classe A (em posse dos demais acionistas). Como resultado, em 17 de março, os três controladores detinham apenas 25,6% do total de ações da empresa, mas possuíam 68,8% do poder de voto devido à posse das ações da classe B.

Segundo o representante do fundo, Jake McIntyre, em entrevista concedida ao Mercury News (jornal de negócios do Vale do Silício), a proposta não significa um questionamento sobre a capacidade dos atuais gestores, mas uma proteção contra lideranças ruins daqui a algumas décadas. “Nós não estamos nos opondo à Google, nós, na verdade, a adoramos. Mas as coisas podem sair errado no futuro. Infelizmente as pessoas se tornam corruptas, ou os fundadores deixam a companhia aos seus herdeiros. Nesse momento, é necessário que os acionistas tenham um pouco mais de controle direto”, disse McIntyre.

De acordo com o Mercury News, a Google já afirmou que seu conselho de administração irá se opor à iniciativa dos acionistas. Em uma carta ao público antes de realizar o IPO em 2004, os controladores da empresa afirmaram que a estrutura com duas classes de ações visava permitir à companhia manter sua independência e capacidade de inovação, assegurando o crescimento de longo prazo. A carta citava o exemplo de destacadas empresas de mídia, como New York Times e Washington Post, que haviam adotado estruturas acionárias similares. Segundo declarações dos fundadores da Google na ocasião, o objetivo era estabelecer uma estrutura corporativa que tornasse mais difícil para pessoas de fora influenciar ou controlar o portal.


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