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Emissões de ações se aproximam dos empréstimos do BNDES

Nos últimos a consolidação do mercado de capitais como fonte de recursos para as companhias abertas permitiu que a captação via emissões primárias de ações saltasse de R$ 1,4 bilhão em 2000 para R$ 25,7 bilhões no acumulado deste ano, até fim de setembro. O crescimento no período foi de exorbitantes 1.717%. No mesmo intervalo, os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), principal fomentador do setor produtivo, cresceram 81,4%. Passaram de R$ 23 bilhões em 2000 para quase R$ 42 bilhões em 2007.

A base inicial das ofertas primárias de ações, muito baixa, justifica o crescimento exponencial. Mas também chama atenção a brusca queda na diferença entre os papéis exercidos pelo mercado de ações e o BNDES no financiamento da produção nacional. Em 2002, antes de a atual safra de ofertas de ações começar, o banco de fomento desembolsou R$ 36,3 bilhões a mais do que o mercado de ações. Em 2005, a despeito de as ofertas já estarem em andamento, essa diferença atingiu R$ 42,6 bilhões. Este ano, o cenário mudou. Com o elevado número de empresas que desembarcaram na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), esse intervalo foi reduzido para pouco mais de R$ 16 bilhões.

A perspectiva de as ofertas primárias de ações ultrapassarem o volume de empréstimos do BNDES começa a surgir, mas não é para já. Em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), até o último dia 25 de outubro, havia 26 ofertas. A média histórica de cada operação gira em torno de R$ 500 milhões, o que representaria um total de R$ 13 bilhões. Do lado do BNDES, o número também promete evoluir até o fim de 2007. No ano passado, apenas como referência, os empréstimos do banco atingiram o recorde de R$ 51,3 bilhões.

Mas, quando a análise considera outros instrumentos de captação — como debêntures, por exemplo —, o saldo é mais representativo do lado do mercado de capitais. Somando-se ações e debêntures até o fim de setembro, obtém-se um total de R$ 55,1 bilhões, 31,9% a mais que o liberado pelo BNDES. “Quando o bolo cresce, o benefício é de todos”, comenta Eleazar de Carvalho Filho, sócio da gestora Iposeira e ex-presidente do BNDES.

Em sua opinião, o forte desempenho do mercado de capitais não esvazia o papel do banco de fomento. Ao contrário, abre espaço para que novas empresas sejam incentivadas pela instituição. Para as companhias, a descentralização das fontes de financiamento é salutar. “O acesso a recursos próprios é um componente da estrutura de capital e isso as torna mais competitivas”, observa.


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