O economista Gustavo Franco, presidente do Banco Central por duas vezes nos anos 1990 e atualmente conselheiro estratégico da fintech de cartões de crédito Nubank, é o entrevistado da coluna Papo Aberto desta semana. Em sua conversa com as jornalistas Simone Azevedo e Yuki Yokoi, Franco fala sobre o futuro dos bancos e das moedas e também sobre política. Segundo ele, está na hora de repensar a ideia de social-democracia que o PSDB abraçou e refletir sobre o tipo de capitalismo que queremos ver no Brasil — “se o de quadrilha ou aquele competitivo de verdade”.

Também nesta semana, a reportagem de Mariana Segala esmiúça as origens e os desafios de um trabalho relativamente novo no Brasil: o monitor independente de práticas de compliance. Um dos profissionais que exerce essa função é o advogado Otavio Yazbek, ex-diretor da CVM e da BM&FBovespa (atual B3). Hoje ele acompanha e fiscaliza a adoção de práticas anticorrupção pela Odebrecht.

Outro destaque é o artigo de Fábio Rocha Silva, doutor em Direito Civil pela Université Panthéon-Assas e pela USP. Em seu texto, ele explica por que o ambiente legal para concessão de crédito no Brasil é mal avaliado no ranking Doing Business. Também vale a pena a leitura da coluna “Quanto vale não ter patrão?”, de Eliseu Martins. De forma bem-humorada, ele conta uma lição aprendida há pelo menos 50 anos, quando tentava mostrar a um amigo o suposto erro que cometera ao deixar seu emprego para abrir um negócio próprio.