Pesquisar
Close this search box.
Estamos prontos?

Aconteceu, finalmente: a taxa de juros caiu ao patamar de 7,25% ao ano e, o melhor, promete estabilizar-se daí para menos. A inflação, porém, mantém-se persistente, no degrau dos 5% — ou um tanto acima disso, se considerados os índices mais abrangentes —, derrubando a taxa de juros real a percentuais exíguos ou até negativos. Chegou, portanto, a hora de o investidor se mexer. É o momento de se atrever a transferir parte do dinheiro a um fundo multimercado ou até para uma carteira pura de ações, como há muito os gestores de recursos aspiravam — movimento, aliás, que começou de mansinho, conforme aponta a reportagem da página 12.

A história prova que o Brasil amadureceu seu manejo monetário, embora exista ainda tanto trabalho a desenvolver no campo fiscal. E o mercado de ações, enfim, tem tudo para receber uma montanha de dinheiro da população, vindo por meio dos fundos de previdência, dos multimercados, dos fundos de ações ou até dos engajados convites da BM&FBovespa para os brasileiros investirem diretamente no pregão.

O que parece, no entanto, é que, a despeito de inúmeros esforços e conquistas no campo da regulação e institucionalização do mercado, ainda não estamos preparados para receber esses recursos. O número de empresas listadas em bolsa continua ínfimo — apenas duas centenas delas apresentam um patamar de liquidez minimamente satisfatório. Muitas ainda descuidam de suas áreas de relações com investidores. Fazem praticamente nada para dialogar com os investidores pessoas físicas e, em alguns casos, até os institucionais, brasileiros e estrangeiros, se veem carentes de interlocução. Algumas estão no Novo Mercado, mas praticam uma governança de regras, e não de convicções. É um cenário muito melhor do que já vimos no passado, mas ainda longe do ideal.

No aspecto sistêmico, as avaliações do perfil do aplicador, o chamado suitability, ainda carecem de efetividade. Da mesma forma, lacunas nos canais de distribuição precisam ser dirimidas para que o diversificado cardápio de produtos financeiros desenvolvido na última década chegue aos bolsos dos interessados.

Cabe aos bancos e a outras casas de investimentos, à Bolsa e aos reguladores em geral, além dos assessores de negócios e financeiros, trabalhar para reduzir os entraves à tão aguardada migração de recursos para o mercado de ações.

Especial — E por falar em arrumar a casa, é sempre bom lembrar dos centros de liquidez em que se processam as negociações com ações e outros ativos — as bolsas de valores. No mundo e também no Brasil, essas plataformas passam por mudanças importantes em suas estratégias de atuação. Confira as reportagens que preparamos sobre o tema a partir da página 29.

, Estamos prontos?, Capital Aberto


Para continuar lendo, cadastre-se!
E ganhe acesso gratuito
a 3 conteúdos mensalmente.


Ou assine a partir de R$ 34,40/mês!
Você terá acesso permanente
e ilimitado ao portal, além de descontos
especiais em cursos e webinars.


Você está lendo {{count_online}} de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês

Você atingiu o limite de {{limit_online}} matérias gratuitas por mês.

Faça agora uma assinatura e tenha acesso ao melhor conteúdo sobre mercado de capitais


Ja é assinante? Clique aqui

mais
conteúdos

APROVEITE!

Adquira a Assinatura Superior por apenas R$ 0,90 no primeiro mês e tenha acesso ilimitado aos conteúdos no portal e no App.

Use o cupom 90centavos no carrinho.

A partir do 2º mês a parcela será de R$ 48,00.
Você pode cancelar a sua assinatura a qualquer momento.