A temporada de assembleias de acionistas termina nesta semana, com saborosas histórias de disputa por vagas em conselhos de administração. Na Vale, a eleição de um integrante do board por minoritários que reuniam a participação mínima exigida foi negada pela companhia, o que deu margem a uma discussão sobre o processo de condução dos indicados. Perdida a oportunidade, investidores lutam agora por um pronunciamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que esclareça o rito a ser seguido em situações desse tipo, como mostra esta edição de SELETAS.

Outro destaque da temporada foi a eleição para o conselho da Usiminas, cujo desfecho aconteceu nesta semana. Com intervenção do Cade, a acionista CSN voltou a ter participantes no conselho da siderúrgica mineira, em um processo que instiga interessantes reflexões sobre a independência dos conselheiros de administração. Nas próximas edições de SELETAS, exploraremos mais o tema.

Também neste número, o curioso desdobramento da gestão da massa falida do Banco Santos. Com mais ativos do que passivos, a instituição exibe um espólio glamoroso, adornado pelas obras de arte do extravagante fundador, Edemar Cid Ferreira. A jornalista Yuki Yokoi revela as propostas desenhadas pelos candidatos à administração da massa falida, no contexto pouco usual de transferência da pilotagem de uma liquidação de grande porte para gestores privados.

E no meio da crise, uma notícia boa: o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) planeja montar um fundo de até US$ 500 milhões para financiar a infraestrutura no Brasil. O projeto é elaborar a carteira neste ano e lançá-la no começo de 2017, como detalhado nesta edição. O País agradece.