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O papel das fintechs na inclusão bancária
Startups do setor financeiro têm potencial para reverter a alta taxa de 30% de desbancarizados no Brasil
, O papel das fintechs na inclusão bancária, Capital Aberto

*Daniel Izzo | Ilustração: Julia Padula

O mercado financeiro brasileiro está começando a enfrentar uma verdadeira revolução no modo como funciona, decorrente da chegada de novos atores. Formam o pano de fundo dessa grande mudança os modelos de negócios inovadores e as novas ferramentas tecnológicas. Alguns casos interessantes — e de empresas que já conquistaram muita relevância — são os de XP, Nubank, PagSeguro, Creditas, só para mencionar alguns.

Faz todo sentido que esse movimento esteja ocorrendo neste momento no Brasil. Afinal, o País tem o mercado financeiro mais concentrado entre todas as grandes economias do mundo. Para se ter uma ideia, em 2016 os cinco maiores bancos brasileiros (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) concentravam pelo menos 80% dos ativos bancários. Não é de se espantar, portanto, a série de ineficiências no atendimento aos clientes — consequência da baixa competitividade inerente a mercado tão concentrado. Os clientes dos grandes bancos no Brasil ainda encontram, nessas instituições, taxas de juros altíssimas para as operações de crédito (apesar da constante queda do juro básico da economia), limitadas opções de investimentos, dificuldades para abertura de contas e para obtenção de empréstimos, entre muitas outras ineficiências.

Quando se fala em inclusão financeira, o cenário é ainda mais problemático. O número pode parecer absurdo, mas é real: atualmente, pelo menos 30% da população brasileira adulta não tem acesso a serviços bancários. Trata-se de milhões de pessoas e milhares de famílias quase completamente excluídas da economia formal — e não porque queiram, mas por não receberem atenção desses grandes grupos que controlam o mercado bancário brasileiro. Por sorte, o que muitos enxergam como problema tem atraído a atenção — e a ação — de um número crescente de empreendedores muito bem preparados. Gente que vê nesse elevado grau de desbancarização uma grande oportunidade.

É esse o quadro que impulsiona a atual e muito bem-vinda enxurrada de fintechs no mercado brasileiro. São empresas inovadoras, que oferecem soluções que ajudam, e muito, a melhorar o acesso da população aos imprescindíveis serviços financeiros. Elas trabalham com modelos de crédito para microempreendedores (caso da Avante), educação financeira e organização pessoal (como o Guia Bolso), soluções de banking para o pequeno empreendedor (SmartMEI), aplicações financeiras a partir de um real (Diin), ampliação do acesso a serviços de pagamento (Celcoin), parcelamento de compras de qualquer estabelecimento em boletos (Virtus). Os exemplos são numerosos, o que comprova a eferverscência das fintechs.

É um movimento sem volta, felizmente, que vai transformar profundamente os bancos e as outras instituições financeiras no formato como conhecemos hoje. O resultado, muito provavelmente, será a queda das taxas dos juros e uma maior inclusão financeira, fatores que serão fundamentais para a recuperação e o crescimento sustentado da economia brasileira nos próximos anos. Um impacto de fato na vida das pessoas.


Daniel Izzo ([email protected]) é sócio-cofundador da Vox Capital.


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