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Estratégias de saída para investimentos de impacto
É importante que o comprador esteja alinhado com a continuidade do negócio
  • Daniel Izzo
  • setembro 14, 2018
  • Captação de recursos, Colunistas
  • . private equity, investimento de impacto, negócio social, estratégia de saída
Ilustração de Daniel Izzo

Daniel Izzo*/ Ilustração: Julia Padula

Uma das etapas mais importantes, e que demanda muita atenção e tempo dos gestores de qualquer investimento em participação acionária, é a estratégia de saída. Por saída entende-se a venda da participação do gestor ou do fundo em uma empresa de seu portfólio. Esse evento ocorre na venda total das ações do negócio, em caso de uma aquisição ou em uma venda parcial, na entrada de um novo investidor, na negociação entre sócios ou na abertura de capital. Trata-se do momento em que o gestor realiza o valor que passou anos ajudando a construir e, concomitantemente, remunera seu investidor e sua equipe.

Em um mercado com cultura empreendedora de alta escala ainda em construção como o brasileiro, a pergunta, pertinente, que sempre aparece em conversas entre gestores e investidores é: “Existem alternativas para saída dos investimentos feitos por fundos de venture capital no mercado?”. Para quem investe em startups com impacto social essa dúvida é ainda maior — “será que o impacto não tornará a empresa menos atrativa para um comprador?” — ou mais básica ainda — “será que algum negócio de impacto social tem potencial suficiente para se tornar atrativo para algum comprador?”.

De fato, a estratégia de saída deve ser um tema abordado e estudado desde o processo de investimento, quando se está conhecendo a empresa e avaliando seu potencial de negócio. E essa etapa é fundamental tanto para um negócio de impacto quanto para um negócio “tradicional”. O trabalho envolve entender o mercado, conhecer os principais grupos econômicos e sua estratégia de expansão, conversar com fundos de investimento em estágios mais avançados para entender suas teses e seu apetite por novos investimentos, entre outras atividades. A ideia é ter, desde o início da relação, uma clareza sobre o potencial caminho que será trilhado e a forma como o gestor irá buscar o retorno financeiro sobre aquele ativo.

A particularidade, no caso dos investimentos de impacto, é a busca pela continuidade do impacto após a saída do fundo. Como o objetivo desses aportes não é apenas o retorno financeiro, mas também o impacto positivo que os negócios investidos causam na sociedade, é importante que se busque saídas “alinhadas” —ou seja, saídas em que o comprador também se interesse em dar continuidade àquele produto ou serviço que faz a diferença na vida das pessoas. Isso passa, por exemplo, por garantir que o impacto positivo esteja intrinsecamente conectado ao core business da empresa. É o caso, por exemplo, da Avante, que oferece serviços financeiros para microempreendedores em regiões pouco servidas por outras instituições e que têm entre seus clientes uma grande base desbancarizada. O negócio da Avante faria pouco sentido se não tivesse foco nesses clientes; portanto, seria pequena a possibilidade de alguém não interessado em servir esse público procurar a empresa. Outra forma de aumentar a possibilidade de saídas alinhadas é apostar em empreendedores e coinvestidores que valorizem o impacto positivo causado pelos negócios.

Saídas bem-sucedidas em investimentos de impacto devem, assim, ser alinhadas com a missão do negócio e atraentes do ponto de vista financeiro. Não é uma tarefa fácil, mas é o que se pede de uma nova prática que pretende mudar para melhor a vida das pessoas e transformar a maneira como se é medido o sucesso no mercado financeiro. E, felizmente, os primeiros casos exitosos começam a aparecer. Recentemente, a empresa de cartões pré-pagos para serviços de saúde Tem Saúde recebeu investimento de uma empresa global de seguros, a Generali, o que possibilitou a saída do fundo Vox Capital. O negócio rendeu 26% ao ano em retorno financeiro para os investidores do fundo e o plano da empresa e da seguradora envolvem a complementação dos serviços atuais do cartão, incluindo seguro para diárias de internação hospitalar e de diagnóstico para cobertura de doenças graves, aumentando o seu impacto potencial.

Por meio de estratégias de saída bem desenhadas e executadas, investidores de impacto terão ferramentas para demonstrar que a promessa, para tantos considerada inviável, de se juntar impacto social a retorno financeiro está se tornando uma realidade. Com isso, pode-se esperar um maior fluxo de recursos e cada vez mais atividade nesse campo, gerando um ciclo positivo de crescimento e de maior impacto.


*Daniel Izzo ([email protected]) é sócio-cofundador da Vox Capital

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