Este breve artigo constitui uma provocação aos coletivistas de todos os matizes e latitudes. Trata-se de busca que, há anos, tento fazer sobre eventuais vantagens para a humanidade da existência de ambientes socialistas.
Desde a Revolução Industrial o progresso material das sociedades ocidentais é um dado inegável e jamais contestado. Surgiram grandes conquistas a partir do século 18, como equipamentos para fiar e tecer, engenhos a vapor, estradas de ferro, telégrafos, indústria de petróleo, mineração, siderurgia, eletricidade, telefonia, automóvel, aviação civil e tantas outras. Sem contar as melhorias científicas e tecnológicas que nos cercam de segurança e comodidades no dia a dia, das quais nem nos damos conta — os antibióticos, os fármacos e os equipamentos para diagnóstico para quase todos os males. Além de banalidades: geladeiras, aparelhos de calefação e refrigeração, fornos de micro-ondas, cinema, rádio, televisão, telefonia celular, computadores pessoais, internet…
Sem exceção, todas essas inovações nasceram em sociedades econômica e politicamente livres, fossem europeias, americanas ou, mais recentemente, asiáticas. Desde as ideias de Karl Marx, em meados do século 19, mas sobretudo a partir de 1917, com a revolução bolchevique, proliferaram em toda parte os regimes ditos socialistas e partidos políticos do mesmo jaez se espalharam pelo mundo. Essas construções já têm 102 anos, mas seus adeptos continuam exibindo uma retórica vanguardista, apesar da estrondosa queda do Muro de Berlim, há três décadas.
“Sem exceção, todas essas inovações nasceram em sociedades econômica e politicamente livres, fossem europeias, americanas ou, mais recentemente, asiáticas”
É preciso também mencionar as condições de miséria a que está submetida a população da Coreia do Norte, a pobreza generalizada em Cuba (onde a maior atração turística são veículos americanos dos anos 1950) e o fracasso catastrófico do socialismo do século 21 representado pela Venezuela. Não é demais, ainda, lembrar que a China só conseguiu tirar sua população da lastimável indigência dos anos de comunismo da Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung quando optou pela liberdade econômica, dirigida por Deng Xiaoping. Está na hora de os socialistas demonstrarem a eficácia de suas premissas. E aí reside meu repto.
Desafio os igualitários e esquerdistas a indicarem um, nada mais que um único progresso material oriundo do socialismo. Uma invenção ou inovação que ateste e registre eventual superioridade de suas sociedades e organizações sobre os regimes democráticos e liberais que tanto demonizam.
Ney Carvalho é historiador e ex-corretor de valores mobiliários
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